França tem aumentado a sua importância para a economia portuguesa, nomeadamente ao nível das exportações, mas também dos turistas e do investimento estrangeiro em Portugal.

António Silva, delegado da AICEP em França, abordou essa importância, realçando que também na economia do mar as potencialidades são grandes. Portugal pode aproveitar também nesta área as oportunidades do mercado francês. Nomeadamente nas vendas de pescado de mar ou de aquacultura. 

O delegado da AICEP aproveitou a ocasião, o "roadshow" da AICEP em Setúbal dedicado à economia do mar, para sugerir que as entidades ligadas à área pensassem na presença portuguesa no mega evento dedicado ao sector em Brest e que é visitado por "milhares de pessoas".

É uma oportunidade para participar num evento dedicado ao mar, mas também para se olhar para o mercado francês. França "adquiriu papel mais importante no nosso relacionamento externo a nível de comércio, investimento e turismo". Em 2015, foi o segundo maior mercado para as exportações nacionais, ultrapassado a Alemanha. "É um grande mercado para uma multiplicidade de produtos e sectores", disse o delegado da AICEP em França, dando alguns exemplos: os bens alimentares e bebidas venderam para França 550 milhões de euros; o imobiliário venderam 400 milhões; os têxteis e vestuário quase mil milhões; o calçado 500 milhões.

E tem vindo a reforçar. A taxa média de crescimento das exportações nos últimos cinco anos foi de 3,5-4%, para França foi de 7%."O mercado francês tem vindo a aumentar e nós temos vindo a ganhar posição no mercado". O que resultou num saldo da balança comercial positivo. Há seis anos era negativo. 

Não é apenas um importante cliente de Portugal, como França se mostra um dos principais investidores no país. "Um investidor tradicional que cria emprego", salientou António Silva. Há 600 empresas francesas em Portugal. E recentemente a Vinci ficou com a ANA e a Altice com a PT Portugal.

Também no turismo, a entrada de franceses a visitar Portugal tem aumentado. "E é um turista que gasta", salienta o mesmo responsável.

É o delegado da AICEP em França que identifica, por isso, oportunidades em França para a economia nacional, nomeadamente para o sector do mar, apontando casos como as tecnologias ou a aquacultura.