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CONFAGRI qualifica de "imoral" novo aumento do gasóleo agrícola e pede revisão fiscal urgente

Combustível para a agricultura está hoje 65% mais caro do que há um ano, diz a confederação, alertando que impacto na atividade pode vir mesmo a colocar em risco a soberania alimentar do país.

Presidente da CONFAGRI, Idalino Leão, apela a "revisão urgente" do ISP.
06 de Junho de 2022 às 19:05
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A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFAGRI) qualifica de "imoral" o novo aumento do gasóleo para a agricultura, alertando que "afeta de forma insustentável a atividade de um setor estratégico e imprescindível" e com "um papel determinante no combate à crise alimentar que se avizinha".

Em causa figura a subida de 10 cêntimos do preço do gás colorido que "está hoje 65% mais caro" do que há um ano. Um aumento que "vem não
só acentuar as dificuldades da maioria das atividades agrícolas, como colocará em risco a sua manutenção e sustentabilidade", como "pode vir a determinar o sucesso ou o fracasso da nossa soberania alimentar", diz a CONFAGRI, em comunicado enviado esta segunda-feira às redações.

"Precisamos de condições para continuar a produzir e assegurar o aprovisionamento e a distribuição alimentar a todas as cadeias", mas para tal seja possível "é urgente colocar um travão nos aumentos" que se registam de forma "consecutiva" nos últimos dois anos, sublinha o organismo. "Em junho de 2020, o preço do gasóleo colorido estava situado em torno dos 0,72 euros/litro, enquanto atualmente está em 1,62 euros/litro", refere.

Uma "situação inaceitável", nas palavras do presidente da CONFAGRI, Idalino Leão, que apela à "revisão urgente" dos valores da taxa de Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) aplicável ao gasóleo colorido e marcado.

"A CONFAGRI reconhece o esforço do Ministério da Agricultura e Alimentação em responder, quer à situação da seca, quer agora ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, mas considera as medidas tomadas insuficientes exigindo medidas mais robustas e imediatas", diz a mesma nota.
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