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Capoulas Santos: "Queremos o maior consenso nacional para a reforma da floresta"

O Governo aprovou uma dúzia de diplomas, entre os quais a criação de um banco de terras e para travar a expansão do eucalipto. Capoulas Santos diz que pode haver novas plantações desta espécie, mas apenas por compensação de áreas entretanto abandonadas.

Ministro da Agricultura - Capoulas Santos
Miguel Baltazar/Negócios
27 de Outubro de 2016 às 16:10
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O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira, 27 de Outubro, uma dúzia de diplomas para uma reforma da floresta, entre os quais se conta a criação de um banco de terras onde serão integrados os terrenos do Estado e aqueles que não têm dono reconhecido.

As medidas agora aprovadas pelo Governo vão ser agora submetidos a um processo de discussão pública a partir do dia 7 de Novembro e até ao final de Janeiro do próximo ano, anunciou o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, no final do Conselho de Ministros extraordinário.

"Queremos gerar o máximo consenso nacional", salientou o responsável, acrescentando que o Governo quer consensualizar este "conjunto de soluções" com a Assembleia da República, mas também com universidades, autarquias e a sociedade civil.

"Quando falamos em floresta falamos numa perspectiva de muito longo prazo e para ela queremos a maior consenso nacional", disse ainda o ministro, que recordou as principais linhas que tinha já avançado aos meios de comunicação social relativamente ao banco de terras e a gestão destes terrenos. 

Questionado sobre as medidas para a área de eucalipto, Capoulas Santos adiantou que o Conselho de Ministros tomou uma decisão que vem na sequência do quem está no programa do Governo no sentido de travar a expansão do eucalipto.

O ministro salientou que neste momento o eucalipto é espécie dominante no panorama florestal, mas é também "matéria prima de grande importância para indústria da pasta de papel", produto que o país exporta.

Desta forma, explicou, "a decisão tomada vai no sentido de não expandir área de eucalipto, mas aumentar a produtividade da matéria-prima".

Segundo Capoulas Santos, serão possíveis "novas plantações de eucalipto mas terão de ser por compensação de áreas de eucalipto entretanto abandonadas". "Desde que a área geral de plantação seja mantida", acrescentou.
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