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Vieira da Silva: Portugal tem "demasiada pobreza", situação que é "urgente" mudar

Numa mensagem, o ministro afirma que "a pobreza muitas vezes quer dizer guerra", "refugiados", "idosos abandonados" e "crianças sem apoio" e "quase sempre quer dizer desemprego" e "tantas vezes quer dizer desigualdade".

Miguel Baltazar/Negócios
17 de Outubro de 2016 às 07:18
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O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, afirmou esta segunda-feira, 17 de Outubro, que Portugal é um "país com demasiada pobreza", uma situação que "é urgente" mudar, sendo a "maior prioridade" o combate à pobreza infantil.

"Erradicar a pobreza tem de ser a ambição maior da nossa sociedade, tem de ser a ambição maior das nossas gerações", defende Vieira da Silva, numa mensagem divulgada no 'youtube' e no 'twitter' oficial do Governo e do ministério, para assinalar o Dia Internacional Para a Erradicação da Pobreza, comemorado hoje.

Na mensagem, o ministro afirma que "a pobreza muitas vezes quer dizer guerra", "refugiados", "idosos abandonados" e "crianças sem apoio" e "quase sempre quer dizer desemprego" e "tantas vezes quer dizer desigualdade".



Aludindo à situação em Portugal, o ministro afirma que é um "país com demasiada pobreza", situação que é preciso combater.

"Naturalmente que temos de ter prioridades, e a maior prioridade é o combate à pobreza infantil, aquela que, se não for contrariada, vai perpetuar o ciclo geracional de exclusão e de desigualdade", defende Vieira da Silva.

E "o caminho" para a combater - salienta - passa por reforçar o apoio às famílias com crianças mais jovens, até aos três anos, garantindo tanto do seu futuro.

Nesse sentido, anuncia, vai ser reforçado em 2017 o abono de família.

Mas o caminho, acrescenta, também passa por "contrariar o abandono e o insucesso escolar e garantir a todas as crianças o direito à educação pré-escolar".

A nível da saúde, o objectivo é "assegurar que todas as crianças têm o apoio médico necessário".

"Estes são objectivos de quem governa, são objectivos das políticas públicas, mas são objectivos que têm de mobilizar toda a sociedade para que erradicar a pobreza não seja apenas mais uma bela utopia", salienta o ministro Vieira da Silva na mensagem.

Segundo um estudo divulgado em Setembro pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, chamado "Portugal Desigual", o número de pobres aumentou, entre 2009 e 2014, em 116 mil (para 2,02 milhões), com um quarto das crianças e 10,7% dos trabalhadores a viverem abaixo do limiar da pobreza (6,3% em privação material severa).

Hoje, um em cada cinco portugueses vive com um rendimento mensal abaixo de 422 euros, adianta o estudo, segundo o qual os rendimentos dos portugueses tiveram uma quebra de 12% (116 euros por mês) naquele período.
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