Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Segurança Social continua a negar informação ao Conselho das Finanças Públicas

No ano passado o excedente da Segurança Social foi "largamente superado". Mas o Conselho das Finanças Públicas lamenta que a Segurança Social continue a recusar dados que permitam uma análise mais completa.

Miguel Baltazar
  • 3
  • ...

A Segurança Social continua a negar ao Conselho das Finanças Públicas (CFP) informação que a entidade liderada por Teodora Cardoso considera relevante para a análise das contas públicas.

A crítica, que foi tornada pública pela primeira vez em Julho, volta a ser feita no relatório sobre a execução orçamental da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações relativo a 2017.

"Persistem as dificuldades de acesso a dados da Segurança Social", respondeu ao Negócios fonte oficial do Conselho das Finanças Públicas. "O CFP continua a não ter acesso a todos os dados necessários para fazer uma análise relativa à evolução dos compromissos existentes, ou seja, das prestações sociais atribuídas pela Segurança Social, especialmente dos factores subjacentes à dinâmica de evolução das pensões".

Os dados públicos que existem são "insuficientes". Em concreto, o CFP queria conhecer a evolução do número de contribuintes e remunerações médias por tipo de qualificação, os números mensais de novos pensionistas por regime, ou o número mensal de novos beneficiários do subsídio de desemprego, de desemprego ou de parentalidade.

Excedente da Segurança Social "largamente superado"

Mesmo alertando para insuficiência de dados, o relatório conclui que no ano passado o saldo da Segurança Social foi "largamente superado".

Excluindo operações relativas ao FSE e FEAC, apurou-se um excedente de mais de dois mil  milhões, em vez dos 1094 milhões previstos. Ajustado da transferência extraordinária do orçamento, o saldo da Segurança Social apresentou um excedente de 1.652 milhões, um resultado "influenciado pelo comportamento da receita, essencialmente das contribuições sociais, que espelham o aumento da massa salarial e do mercado de trabalho", mas também pela redução do peso de rubricas como a do subsídio de desemprego.

"O excedente orçamental de 2017 reflecte uma melhoria substancial na situação financeira do Sistema Previdencial da Segurança Social", reflectindo "simultaneamente o comportamento favorável da receita e da despesa".

No relatório, o Conselho das Finanças Públicas explica que o valor total da primeira cobrança do adicional ao IMI, um novo imposto sobre o património imobiliário, foi de 129,9 milhões de euros. Ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) foram consignados 50 milhões de euros.

Ver comentários
Saber mais Segurança Social Conselho das Finanças Públicas pensões subsídio de desemprego
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio