Notícia
Rendimento dos portugueses caiu 0,7% em 2021
Rendimento mediano das famílias não aguentou no segundo ano da pandemia e caiu 0,7%, diz o INE. Só o rendimento das famílias mais pobres subiu. Assim, aponta o INE, desigualdades desceram.
Depois de terem aguentado o primeiro ano da pandemia, os rendimentos monetários líquidos dos portugueses diminuíram 0,7% em 2021, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 20 de janeiro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo o inquérito às condições de vida e rendimento divulgado pelo INE, os rendimentos monetários líquidos caíram 0,7% em 2021 para de 11.014 euros. Em 2020, eram 11.089 euros.
No primeiro ano da pandemia os rendimentos subiram 2,7%, de 10.800 euros para 11.089 euros.
O INE está a considerar a mediana dos rendimentos monetários líquidos equivalentes, ou seja, os rendimentos do agregado provenientes de trabalho, de capital, propriedade, pensões e outras transferências sociais, após a dedução de impostos e contribuições sociais. Estes rendimentos são depois divididos por cada membro do agregado em termos de adulto equivalente (cada membro da família tem um peso diferente).
Rendimentos sobem apenas para os 30% mais pobres
Embora o rendimento mediano tenha caído, a média manteve-se praticamente estável, ao aumentar apenas 0,3%. No entanto, as médias e medianas escondem o comportamento das margens.
Segundo o INE, a desigualdade também diminuiu em 2021. Quando medida pelo Coeficiente de Gini, que varia entre 0 (total igualdade de rendimentos) e 100 (máxima desigualdade), desceu de 32 para 33, mas manteve-se ainda acima do pré-pandemia (31,2).
Já o rácio S80/S20, que compara o rendimento dos 20% da população com maiores recursos com o rendimento dos 20% da população com menores recursos, diminuiu, de 5,7 em 2020 para 5,1 em 2021.
"Este comportamento pode ser explicado pela evolução dos decis da distribuição dos rendimentos: apenas os 30% das pessoas com menores rendimentos registaram um aumento dos rendimentos monetários líquidos entre 2020 e 2021", explica o INE.
Ou seja, só as famílias mais pobres, as que receberam até 8.426 euros em 2020 (ou 601,9 euros por mês, se considerados 14 meses), é que viram os seus rendimentos subir. Em 2021, receberam 8.531 euros. A partir desse patamar, os rendimentos caíram.
Segundo o inquérito às condições de vida e rendimento divulgado pelo INE, os rendimentos monetários líquidos caíram 0,7% em 2021 para de 11.014 euros. Em 2020, eram 11.089 euros.
O INE está a considerar a mediana dos rendimentos monetários líquidos equivalentes, ou seja, os rendimentos do agregado provenientes de trabalho, de capital, propriedade, pensões e outras transferências sociais, após a dedução de impostos e contribuições sociais. Estes rendimentos são depois divididos por cada membro do agregado em termos de adulto equivalente (cada membro da família tem um peso diferente).
Rendimentos sobem apenas para os 30% mais pobres
Embora o rendimento mediano tenha caído, a média manteve-se praticamente estável, ao aumentar apenas 0,3%. No entanto, as médias e medianas escondem o comportamento das margens.
Segundo o INE, a desigualdade também diminuiu em 2021. Quando medida pelo Coeficiente de Gini, que varia entre 0 (total igualdade de rendimentos) e 100 (máxima desigualdade), desceu de 32 para 33, mas manteve-se ainda acima do pré-pandemia (31,2).
Já o rácio S80/S20, que compara o rendimento dos 20% da população com maiores recursos com o rendimento dos 20% da população com menores recursos, diminuiu, de 5,7 em 2020 para 5,1 em 2021.
"Este comportamento pode ser explicado pela evolução dos decis da distribuição dos rendimentos: apenas os 30% das pessoas com menores rendimentos registaram um aumento dos rendimentos monetários líquidos entre 2020 e 2021", explica o INE.
Ou seja, só as famílias mais pobres, as que receberam até 8.426 euros em 2020 (ou 601,9 euros por mês, se considerados 14 meses), é que viram os seus rendimentos subir. Em 2021, receberam 8.531 euros. A partir desse patamar, os rendimentos caíram.