Notícia
Raríssimas recebeu mais de dois milhões da Segurança Social
Desde 2013, a Raríssimas recebeu mais de dois milhões de euros do Ministério do Trabalho e da Segurança Social, escrevem o Público e o Expresso.
Ambos os jornais citam valores semelhantes recebidos pela instituição de solidariedade social nos últimos anos. Segundo o Público, a Raríssimas recebeu 2,7 milhões de euros nos últimos cinco anos, enquanto o Expresso fala de "mais de dois milhões de euros".
O valor, escreve o diário, vem essencialmente da contribuição pública para manter em funcionamento um centro de actividades ocupacionais, um lar residencial e uma residência autónoma (1,9 milhões de euros). A este montante somam-se ainda 420 mil euros para financiar a construção da Casa dos Marcos em Lisboa e 326 mil para "colmatar necessidades urgentes da instituição". No total, estamos a falar de 2,77 milhões de euros.
O Expresso chega a conclusões semelhantes, citando dados enviados pelo gabinete de Vieira da Silva que também apontam para mais de dois milhões de euros de apoio à instituição nesse período.
O Público acrescenta que estes valores deverão até pecar por defeito, uma vez que a Raríssimas recebeu também apoios de outros ministérios, por exemplo da Saúde, que não estão aqui contabilizados.
Entretanto, a delegação Centro da Raríssimas requereu na segunda-feira a convocação de uma assembleia-geral para deliberar sobre a destituição da presidente, após as denúncias de alegadas irregularidades na gestão da Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras.
Em comunicado, a vogal da direcção e delegada da Delegação Centro da Raríssimas, Marta Balula, pede ao presidente da mesa da Assembleia Geral da Raríssimas, Paulo Olavo Cunha, que convoque uma assembleia-geral extraordinária para "deliberar sobre a destituição da presidente da direcção".
O canal televisivo TVI divulgou no sábado uma reportagem sobre a gestão da associação Raríssimas - Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras, financiada por subsídios do Estado e donativos. A investigação mostra documentos que colocam em causa a gestão da instituição de solidariedade social, nomeadamente da sua presidente, Paula Brito e Costa, que alegadamente terá usado o dinheiro em compra de vestidos e gastos pessoais.