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Passos "chocado" por PS não ter disponibilidade para discutir reforma da Segurança Social

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, mostrou-se hoje "chocado" por o líder do PS não ter disponibilidade para discutir a reforma da Segurança Social, alegando que é um assunto que "interessa a toda a gente".

Pedro Passos Coelho é o 3.º Mais Poderoso 2015
Disse “não” a Ricardo Salgado e desencadeou uma ruptura histórica nos poderes do regime. O GES faliu, o BES ficou como “banco mau” e a PT voltou a ser uma pequena empresa de telecomunicações portuguesa agora nas mãos de franceses. Viu um ex-primeiro-ministro ser preso. E as sondagens apontam para o que nem Passo poderia esperar há um ano – a possibilidade de voltar a sair vencedor nas legislativas. A crise grega revelou contudo que o poder de Passos está sistematicamente ameaçado pelas tempestades do euro.
18 de Setembro de 2015 às 17:40
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"Mesmo sabendo que estamos em campanha eleitoral, fico chocado por ver alguém que é candidato a primeiro-ministro, que diz que quer ser primeiro-ministro, não ter a disponibilidade, a humildade de pensar no país e dizer sem hesitar e sem pestanejar 'no dia a seguir às eleições sentamo-nos à mesma mesa a discutir a reforma da Segurança Social, porque esse é um tema que interessa a toda a sociedade portuguesa'", afirmou o líder do PSD.

Pedro Passos Coelho, que discursava na Guarda, num almoço que contou com a presença de 1.300 pessoas, segundo a organização, disse que o tema interessa "aos jovens, aos activos e aos pensionistas, interessa a todo o país".

"Como é que uma coisa que tem este alcance, que interessa a toda a gente, não merece o mínimo de disponibilidade de quem se candidata a primeiro-ministro para discutir?", questionou, referindo-se ao candidato socialista.  

O líder do PSD referiu que, como primeiro-ministro, esteve "sempre disponível" para discutir com toda a gente. "Com os que gostam e com os que não gostam de mim. Com aqueles que me querem apoiar e com aqueles que em cada ocasião me querem vir dizer que não me apoiam e que não contarei com o apoio deles. Nunca deixei de conversar com ninguém", afirmou.

Lembrou que "no pico da crise" liderou um Governo de dois partidos," que conseguiram celebrar um acordo de concertação social que mobilizou a maior central sindical responsável que é a UGT e todas as organizações empresariais".

"Não foi de certeza por serem do PSD nem do CDS-PP, foi porque souberam dar uma lição de sentido de Estado e de futuro para Portugal à nossa oposição que preferia ver Portugal a ficar no buraco do que ter um Governo que pudesse apresentar bons resultados aos portugueses", disse Passos Coelho.

Afirmou ainda que a questão da Segurança Social "é da máxima importância" e a coligação está disponível, no quadro da concertação social e no diálogo com o principal partido da oposição, "para encontrar soluções de financiamento".

Assumiu que não deve ser uma "coisa tão difícil assim" porque o PS, no seu estudo eleitoral "prevê várias formas de financiamento para a Segurança Social que totalizam muito mais do que 600 milhões".

O líder do PSD também alertou que o PS "não está disponível para fazer um entendimento que salve as pensões, como ainda quer pôr em risco, não é daqui a uns anos, é já no próximo ano, o pagamento das pensões atuais na medida em que vai retirar mais de 5.500 milhões de euros ao financiamento amento da Segurança Social com a baixa da TSU, das contribuições dos trabalhadores e das empresas".

Segundo Passos Coelho, no PS "há várias propostas que não estão bem explicadas", por isso, convém que "explique com transparência o que quer". Reafirmou que quer ganhe quer perca as eleições, no dia seguinte estará disponível "para encontrar uma solução" que seja partilhada pelos partidos do arco da governação para "salvar e reformar" a Segurança Social.

 

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