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António Costa vai inviabilizar Orçamento se perder as eleições

Se perder as eleições, o PS vai votar contra o Orçamento do Estado para 2016 que venha a ser apresentado pela coligação. A garantia dada pelo secretário-geral socialista já mereceu críticas da direita.

Bruno Simão/Negócios
Negócios 18 de Setembro de 2015 às 19:43
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"É evidente que não viabilizaremos, nem há acordo possível entre o PS e a coligação de direita", afirmou António Costa, secretário-geral do PS, assegurando que se a coligação PSD/CDS vencer as eleições de 4 de Outubro os socialistas irão votar contra o Orçamento do Estado que venha a ser apresentado no Parlamento.

 

Em entrevista concedida esta sexta-feira, 18 de Setembro, à Antena 1, o líder socialista sustentou que "a última coisa que fazia sentido é que o voto no PS, que é um voto das pessoas que querem mudar de política, servisse depois para manter esta política".

 

Esta declaração de Costa provocou reacções imediatas à direita. Nuno Melo, eurodeputado do CDS, considera que a posição de Costa "não constrói, destrói" e, citado pela Lusa, disse "que este país não [pode] ficar refém de alguém como o dr. António Costa na oposição", como quem pede a maioria absoluta para a coligação Portugal à Frente.

 

Também o professor Marcelo Rebelo de Sousa criticou a atitude de António Costa, realçando a necessidade de "acordo de regime" em determinadas áreas. Antes, já o primeiro-ministro, Passos Coelho, tinha dito estar "chocado" pela indisponibilidade demonstrada por Costa e pelo PS em discutirem a reforma da Segurança Social. 

 

Na entrevista à estação de rádio pública, António Costa também falou sobre a actual situação relacionada com o Novo Banco, defendendo que "devíamos procurar, dentro do quadro da justiça, mecanismos alternativos" porque "perante situações de excepção, devem ser encontradas situações de excepção".

 

Uma vez mais, Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, que foi indicado pelo Executivo então liderado por José Sócrates, esteve na mira do antigo autarca lisboeta: "O governador do Banco de Portugal, infelizmente, passou a adoptar, desde há um ano, a postura, não de governador, mas a postura de um agente político que procura dar cobertura às responsabilidades do Governo nesta situação, designadamente no caso do BES".

 

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