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António Costa pede "vitória clara" porque há "muito para fazer" em Portugal

O secretário-geral do PS, António Costa, pediu uma "vitória clara" nas eleições de Outubro ao invés de um triunfo por "poucochinho", reclamando que os socialistas terão "muito para fazer" após o sufrágio.

Miguel Baltazar/Negócios
19 de Setembro de 2015 às 15:46
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"Para que haja estabilidade é necessário que não ganhemos por poucochinho. Como já disse uma vez, quem ganha por poucochinho, só pode fazer poucochinho. E nós infelizmente temos muito para fazer, e por isso precisamos de uma vitória que seja clara, inequívoca, que nos dê a maioria para que não fiquemos dependentes da direita para cumprir a mudança que os portugueses querem", disse Costa.

O socialista falava em Odivelas no "Almoço do Diálogo Social" hoje organizado e que junta no pavilhão multiusos local centenas de militantes e apoiantes do PS, nomeadamente trabalhadores e sindicalistas.

Na sua intervenção de cerca de 30 minutos, o secretário-geral do PS lançou farpas à coligação PSD/CDS-PP, pedindo a ambos os partidos para não acenar com o "papão da instabilidade".

Para o socialista, instabilidade criou a coligação que formou o Governo nos últimos quatro anos, criando problemas nomeadamente "em cada família onde cortaram vencimentos, pensões, que viu os seus filhos emigrar", e em todos os afectados pela carga fiscal ou aumentos de rendas das casas.

E reforçou: "Quem quer um quadro de tranquilidade para o futuro, quem quer que haja mudança sem aventura, mudança com confiança, sabe que só há um voto efectivo no dia 04 de Outubro, o voto no PS".

Recepção eufórica em arruada

O secretário-geral do PS teve hoje uma arruada bem animada em Queluz, freguesia de maioria socialista na fronteira entre os municípios da Amadora e Sintra, onde foi recebido de forma eufórica por centenas de apoiantes.

Depois de percorrer dezenas de estabelecimentos comerciais, sempre debaixo de sol intenso, António Costa parou no café "Super 80" para beber uma água fria, mas à saída, em vez de regressar ao carro a pé, acabou por ser levado em ombros por cidadãos de origem africana.

Nesta ação de campanha, que foi animada por uma banda de música, o líder do PS teve ao seu lado os presidentes das câmaras de Sintra, Basílio Horta, e da Amadora, Carla Tavares.

Ao longo do percurso foi sistematicamente abordado por populares que o abraçaram ou beijaram e, com tanta confusão, foi difícil registar conversas com princípio, meio e fim entre Costa e cidadãos.

Numa freguesia da área metropolitana de Lisboa, os diálogos que manteve com cidadãos de origem africana incidiram sobretudo em questões como a falta de emprego, a falta de dinheiro ou escassez de equipamentos sociais.

Duas senhoras, em momentos diferentes, disseram ao secretário-geral do PS que os seus filhos optaram pela emigração, já que não encontraram oportunidades de trabalho.

Apesar de a esmagadora maioria das mensagens terem sido de apoio, António Costa também ouviu uma senhora criticar o PS "por não defender políticas de esquerda" e uma outra a lamentar que António José Seguro tenha saído da liderança do PS no ano passado, até porque se preparava para votar nele.

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