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Governo: TSU teria de subir um a dois pontos para fechar défice nas prestações

A análise é do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério da Segurança Social, citado pelo Económico, considerando as suas estimativas para as despesas com prestações sociais.

Luís Pedro Russo da Mota Soares – Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social;
Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 24 de Junho de 2015 às 11:23
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A TSU teria de aumentar um a dois pontos em 2015 e 2016 para conseguir cobrir a despesa prevista com prestações sociais, estima uma análise do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Emprego e Segurança Social, que estima o nível de TSU que seria necessário para financiar totalmente a despesa com prestações em cada um dos anos até 2060.

 

O estudo, avançado pelo Diário Económico, aponta para a necessidade de taxas mais elevadas todos os anos e com aumentos significativos a partir de 2016. Actualmente, a TSU corresponde a 34,75% do salário: 11% suportados pelos trabalhadores; 23,75% pelos empregadores. Nas estimativas do gabinete liderado por Carlos Pereira da Silva, a TSU de "equilíbrio" em 2015 seria de 35,6%, aumentando para 36,5% em 2016, e subindo a partir daí a ritmo mais substancial para valores na casa dos 45% a 46% em 2060.

 

O debate sobre as formas de financiamento da Segurança Social tem sido um dos temas da pré-campanha eleitoral, com o Governo a defender a urgência de uma medida de reequilíbrio do sistema de 600 milhões de euros – entre cortes de despesa ou aumentos de tributação – e o PS a opor-se a mais cortes, e defendendo que os problemas de sustentabilidade resultam essencialmente das debilidades do mercado de trabalho, propondo por isso a redução da TSU para apoiar a criação de emprego.

 

O GEP reconhece que o aumento da TSU não é a única forma de equilibrar o sistema e reconhece que nos últimos anos o equilíbrio "tem sido assegurado pela afectação crescente de impostos e/ou outras fontes de financiamento externas", o que, a continuar, "tornará os sistemas cada vez mais assistencialistas", pelo que defende ser importante "reforçar a contributividade do sistema, reforçando a ligação actuarial entre contribuições e benefícios", cita o Económico.  

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