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Governo quer reformas a tempo parcial em 2018

A aposta no envelhecimento activo coloca em cima da mesa várias propostas que Vieira da Silva avança esta quarta-feira, 20 de Setembro, no âmbito da organização em Lisboa de uma conferência das nações Unidas sobre o tema.

20 de Setembro de 2017 às 09:18
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O ministro Vieira da Silva disse esta quarta-feira em entrevista à TSF que o Executivo está a preparar um conjunto de medidas que permitam aos portugueses ter uma "fase intermédia com uma reforma a tempo parcial", com a criação de reformas a tempo parcial. Reconhecendo embora que esta é uma medida "ambiciosa, difícil e tecnicamente exigente de concretizar", o ministro espera que o modelo possa estar pronto em 2018. De modo a que, explica, "as pessoas não acabem a sua vida activa num dia, e no seguinte sejam reformados".

 

O Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social falava à TSF no âmbito da organização de uma conferência sobre envelhecimento activo promovida pela Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa e que junta em Lisboa membros do governo de mais de 30 países.

 

Numa outra entrevista, também hoje concedida ao jornal Público, Vieira da silva admite que "talvez tenhamos de melhorar os instrumentos de incentivos às empresas para poderem contratar pessoas com mais idade e mais jovens de forma articulada", sublinhando que "a ideia de que só os jovens são capazes de se relacionar com mecanismos modernos de circulação e produção de informação é falsa".

 

E uma hipótese avançada pelo ministro ao Público é que sejam criados mecanismos que tornem mais atractivo para as empresas a possibilidade de os reformados possam dar formação, numa lógica até de transmissão de conhecimento

 

Também à TSF, Vieira da Silva lembrou  que outra medida em preparação e que espera ter concluída até ao final de 2017 ou logo no início de 2018 é o já anunciado"contrato geração" com apoios do Estado às empresas para contratarem não apenas jovens mas também desempregados mais velhos.

 

"O velho modelo de que as pessoas formavam-se, trabalhavam e depois reformavam-se está hoje em causa pois todos os dias somos confrontados com mudanças tecnológicas", remata o ministro.

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