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CCB quer construir hotel de cinco estrelas em Belém

Em entrevista ao Público/RR o novo presidente do CCB garante que as contas estão a caminho do equilíbrio e revela que pretende lançar um concurso para a construção de um hotel de cinco estrelas.

Negócios 05 de Janeiro de 2017 às 09:07
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O novo presidente do Centro Cultural de Belém (CCB) quer construir os dois módulos que faltam relativamente ao projecto original e ocupá-los com um novo hotel de cinco estrelas. O projecto permitirá dar mais vida à zona de Belém mas também garantir que o equipamento cultural passa a ter receitas próprias suficientes para ganhar autonomia financeira face ao Estado Central. A novidade foi avançada por Elísio Summavielle em entrevista conjunta à Rádio Renascença e ao jornal Público.

 

No cargo há menos de um ano, altura em que foi nomeado por João Soares para substituir António Lamas, Elísio Summavielle diz que passou os primeiros meses a tentar estabilizar as contas do CCB. Assim, o passivo, que "em Maio-Junho andava à volta dos 800 mil euros", desapareceu, garante.

Hoje em dia o CCB recebe do Estado 6,7 milhões de euros para programação, um valor que anda muito longe dos 10 milhões de euros por ano do passado e que é, grosso modo, absorvido para salários e despesas correntes. É, por isso, necessário, arranjar receitas alternativas. E é nesse contexto que surgem os planos para completar o projecto original e explorá-lo comercialmente.

A ideia é edificar um "hotel de prestígio, de cinco estrelas, com cerca de 160 quartos", nos módulos 4 e 5 do CCB. O projecto está já a ser negociado com a Associação Turismo de Lisboa e a câmara, e, em breve, serão encetadas conversas com o Ministério das Finanças para se definir quais os moldes certos para o lançamento do concurso público.

Com a concessão da exploração do hotel, Elísio Summavielle espera ter "condições para uma sustentabilidade grande e para sair da actual lei-quadro das fundações e dos seus constrangimentos".

Um exemplo destes constrangimentos? Quando o concessionário do restaurante saiu e a tarefa passou para o CCB, foi preciso fazer concursos para robalos e hortaliças "a um ritmo diabólico". 

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