Segundo a publicação, esta alteração consta do segundo Orçamento Rectificativo, publicado ontem em Diário da República. Mas aprová-la não foi fácil. Inicialmente, a troika tinha chumbado a utilização desse dinheiro para o pagamento de dívidas dos hospitais, por entenderem que tinha havido lugar à acumulação de nova dívida ao longo de 2012. 

Segundo o Económico, Paulo Macedo utilizou o argumento do "bom aluno" para convender os responsáveis internacionais. "A troika reconheceu que o Serviço Nacional de Saúde está a fazer um esforço muito grande para reduzir despesa e os desequilíbrios estruturais que persistem nalgumas entidades", refere fonte oficial do ministério.

A mesma fonte explica que, apesar de o desembolso ser feito já este ano, "transitará num saldo de gerência para o ano de 2013 devendo os pagamentos a fornecedores terem lugar a partir de Março". 

No primeiro Orçamento Rectificativo, em Abril, a Saúde recebeu 1500 milhões para pagar dívidas a fornecedores. Montante autorizado sob a condição de não haver nova acumulação de dívida (algo que não se terá verificado).