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Refrigerantes, chocolates e batatas fritas vão ser proibidos nos hospitais públicos
As máquinas automáticas de venda de alimentos e bebidas que existem nos hospitais públicos e nos centros de saúde vão deixar de vender alimentos com alto teor de sal ou açúcar, anunciou esta quarta-feira o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.
O Governo quer dar "um exemplo" e quer sinalizar "boas práticas de alimentação" dentro das instituições que fazem parte do Serviço Nacional de Saúde e vai, por isso, "impedir que as máquinas de 'vending'" que existem nos hospitais e centros de saúde "possam conter elementos prejudiciais à saúde", anunciou esta manhã o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, em audição no Parlamento. Em causa estão alimentos e bebidas "com elevado teor de açúcar e sal", como refrigerantes ou batatas fritas de pacote.
O anterior Governo ponderou lançar uma taxa sobre este tipo de alimentos, apelidada de "fat tax", que já está em vigor em vários outros países europeus. Porém, essa iniciativa caiu por terra. No mês passado, o Correio da Manhã noticiava que o actual ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, também estudava lançar essa mesma taxa. "Está a ser avaliada a questão das taxas diferenciadas", afirmou então.
Esta manhã, e enquanto as taxas não são criadas, o ministro anunciou que vai já implementar a proibição de venda de alimentos com alto teor de sal – batatas fritas de pacote, por exemplo – ou açúcar, como chocolates, refrigerantes ou bebidas energéticas – nos hospitais públicos e centros de saúde.
Em França, Dinamarca ou Finlândia já é aplicada uma taxa sobre este tipo de alimentos. Em Março, o Reino Unido anunciou uma taxa a incidir sobre bebidas açucaradas, que deverá render mais de 660 milhões de euros anuais aos cofres britânicos. Até no mês passado, o comissário europeu da Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, já tinha insistido na necessidade de taxar os produtos com excesso de sal e açúcar.