Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

PS quer saber que dinheiro paga a greve dos enfermeiros

Movimento diz que só divulga lista de doadores se o tribunal mandar. O Grupo Parlamentar socialista quer saber “quem paga e como paga” e vai “desenvolver todas as ações” para obter essa clarificação, escreve o Público na sua edição desta quinta-feira.

07 de Fevereiro de 2019 às 09:22
  • ...

Os socialistas querem a "clarificação da forma de financiamento" da "greve cirúrgica" dos enfermeiros que está em curso desde a semana passada nos blocos operatórios de sete unidades hospitalares, provocando o adiamento de centenas de cirurgias programadas. Segundo o Público desta quinta-feira, o Grupo Parlamentar do PS quer "saber quem paga e como paga" este protesto, pelo que vai "desenvolver todas as ações necessárias à obtenção dessa clarificação perante o país".

 

É "dever" do partido "questionar a origem das centenas de milhares de euros que estão a circular sem rastreio público", escreve o jornal, citando Tiago Barbosa Ribeiro, coordenador dos socialistas na Comissão Parlamentar de Trabalho.

 

A greve dos enfermeiros, recorde-se, tem estado a ser financiada através de uma plataforma de crowdfunding, o que é inédito em Portugal, e o Ministério da Saúde anunciou já que está a avaliar "a licitude do financiamento colaborativo".

 

O fundo solidário recolheu mais de 360 mil euros para financiar a primeira greve (nos últimos 40 dias de 2018) e cerca de 424 mil para a segunda - que decorre até ao final deste mês.

 

No total já vai em mais de 784 mil euros, sendo que os enfermeiros já tiveram de pagar cerca de 72 mil euros à plataforma PPL, na qual foram criadas as campanhas de angariação. Segundo o Correio da Manhã de hoje, com este financiamento o Estado também lucra, uma vez que a plataforma, por seu turno, entrega aos cofres do Estado cerca de 13.528 euros de IVA.

 

Os enfermeiros estão cada vez mais de candeias às avessas com o Governo e têm recebido críticas também da Ordem dos Médicos mas prometem não baixar os braços e insistir na greve. Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 31 de Janeiro e 1 de Fevereiro foram adiadas 645 cirurgias, das 1133 que estavam programadas para aquele período.

Ver comentários
Saber mais Tiago Barbosa Ribeiro Ministério da Saúde Ordem dos Médicos enfermeiros
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio