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Ordem dos Médicos condena declarações falsas dos enfermeiros

Bastonário dos Médicos não gostou de ouvir a bastonária e uma dirigente sindical dos enfermeiros a responsabilizarem os médicos pelas consequências negativas da greve cirúrgica nos doentes.

A ordem liderada por Miguel Guimarães defende que "nada justifica" as intervenções da bastonária e da presidente da associação sindical Inês Gomes Lourenço
05 de Fevereiro de 2019 às 15:15
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A Ordem dos Médicos condena as declarações proferidas pela bastonária da Ordem dos Enfermeiros e pela presidente da Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros, relativas aos médicos e aos doentes prioritários e muito prioritários adiados em consequência da greve cirúrgica dos enfermeiros.

Num comunicado divulgado esta terça-feira, 5 fevereiro, o bastonário Miguel Guimarães, manifesta estranheza pelo facto de as representantes dos enfermeiros terem vindo a publico "justificar as consequências negativas" da greve para os doentes "tentando responsabilizar os médicos pelos atos dos enfermeiros".

"Estas declarações são falsas, atentatórias da dignidade dos médicos portugueses e, por isso, totalmente inaceitáveis", refere o comunicado.

Apesar de considerar "legítimas" as manifestações "de revolta e os gritos de alerta" dos enfermeiros, a Ordem dos Médicos defende que "nada justifica" as intervenções da bastonária e da presidente da associação sindical.

"Tentar colocar enfermeiros e médicos em guerra aberta apenas contribui para agravar a situação complexa que se vive atualmente e descaracteriza o tecido humano que constitui a essência do SNS. Os doentes, em última análise, são aqueles que saem mais prejudicados com este comportamento", lê-se no comunicado.

Na opinião da Ordem dos Médicos, defender que os enfermeiros precisam menos dos médicos, do que os médicos dos enfermeiros ou sugerir que os médicos internos não são médicos e que tomam menos decisões clínicas do que os enfermeiros "são proclamações estéreis, que apenas servem para fomentar uma divisão indesejável entre profissionais".

"Não aceitamos que os dirigentes dos enfermeiros utilizem a comunicação social para insistir nesta retórica, propagando notícias falsas", acrescenta.

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