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Ordem dos Médicos condena declarações falsas dos enfermeiros
Bastonário dos Médicos não gostou de ouvir a bastonária e uma dirigente sindical dos enfermeiros a responsabilizarem os médicos pelas consequências negativas da greve cirúrgica nos doentes.
A Ordem dos Médicos condena as declarações proferidas pela bastonária da Ordem dos Enfermeiros e pela presidente da Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros, relativas aos médicos e aos doentes prioritários e muito prioritários adiados em consequência da greve cirúrgica dos enfermeiros.
Num comunicado divulgado esta terça-feira, 5 fevereiro, o bastonário Miguel Guimarães, manifesta estranheza pelo facto de as representantes dos enfermeiros terem vindo a publico "justificar as consequências negativas" da greve para os doentes "tentando responsabilizar os médicos pelos atos dos enfermeiros".
Apesar de considerar "legítimas" as manifestações "de revolta e os gritos de alerta" dos enfermeiros, a Ordem dos Médicos defende que "nada justifica" as intervenções da bastonária e da presidente da associação sindical.
"Tentar colocar enfermeiros e médicos em guerra aberta apenas contribui para agravar a situação complexa que se vive atualmente e descaracteriza o tecido humano que constitui a essência do SNS. Os doentes, em última análise, são aqueles que saem mais prejudicados com este comportamento", lê-se no comunicado.
Na opinião da Ordem dos Médicos, defender que os enfermeiros precisam menos dos médicos, do que os médicos dos enfermeiros ou sugerir que os médicos internos não são médicos e que tomam menos decisões clínicas do que os enfermeiros "são proclamações estéreis, que apenas servem para fomentar uma divisão indesejável entre profissionais".
"Não aceitamos que os dirigentes dos enfermeiros utilizem a comunicação social para insistir nesta retórica, propagando notícias falsas", acrescenta.