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Governo “deu orientações” aos hospitais para evitar trabalho temporário

No Parlamento, o ministro da Saúde afirmou que não pode proibir os hospitais de contratar por esta via, mas acrescentou que deu orientações para que sejam feitas contratações directas.

Adalberto Campos Fernandes - Saúde: O ex-presidente do Centro Hospitalar de Lisboa Norte mantém a tradição do antecessor, Paulo Macedo, e é o segundo ministro mais elogiado, com 14,4% dos inquiridos a considerarem-no o melhor do Executivo. Neste particular, Adalberto Campos Fernandes, 57 anos, só perde para Mário Centeno, embora este especialista e mestre em Saúde Pública seja apontado por muito menos gente (3,7%) como o pior governante da equipa de António Costa.
Bruno simão
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O ministro da Saúde afirmou esta quinta-feira, 21 de Abril, no Parlamento, que deu orientações aos hospitais para contratarem directamente médicos e enfermeiros, evitando o recurso ao trabalho temporário.

Adalberto Campos Ferreira respondia no Parlamento a uma pergunta colocada pelo deputado de Os Verdes José Luís Ferreira, que perguntou ao ministro que medidas iria tomar para "acabar com a vergonha" de recurso às empresas de trabalho temporário para satisfazer necessidades permanentes.

Na resposta, durante um debate sobre coesão social, marcado pelo Governo a propósito do Programa Nacional de Reformas, o ministro da Saúde começou por referir que "num Estado de Direito e numa economia de mercado" o Governo não tem condições "nem legais nem institucionais" para proibir o recurso ao trabalho temporário, mas acrescentou que deu instruções no sentido dos hospitais evitarem estes intermediários.

"Nós não temos condições num Estado de direito e economia de mercado legais nem institucionais para proibir" o recurso ao trabalho temporário, começou por dizer.

"Uma coisa que lhe garanto: foram dadas instruções directas aos hospitais que sempre que for necessário contratar recursos em tempos temporários, nomeadamente para picos de trabalho, sejam médicos, sejam enfermeiros, o governo determinou que sejam contratados profissionais com contratos de trabalho directos com os próprios, afastando deste circuito as empresas que têm representado um problema sério na qualidade e na integração das equipas", acrescentou Adalberto Campos Fernandes.

 

O ministro foi questionado pela oposição sobre a data para entrada em vigor das 35 horas e sobre a forma como o Governo vai articular a contratação de profissionais que o Executivo já reconheceu que será necessária para suprir necessidades. O PSD lembrou que até Julho não há assim tanto tempo. "Senhor ministro, isto vai dar asneira", afirmou o deputado Miguel Santos.

Adalberto Campos Fernandes limitou-se a responder que o ministério da Saúde está "preparado" para recrutar enfermeiros "quando as necessidades se vierem a verificar". E não avançou mais detalhes.

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