Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Despesas com saúde registam aumento recorde de 12,2% em 2021

A manutenção da situação pandémica e a recuperação da atividade assistencial dos prestadores contribuíram para o aumento significativo da despesa corrente pública (mais 11%) e privada (mais 14,7%).

Uma das áreas em que houve um aumento do número de funcionários públicos foi na saúde.
Pedro Catarino
01 de Julho de 2022 às 12:37
  • ...
Em 2021, a despesa corrente em saúde registou um aumento recorde de 12,2%, atingindo 23.685,9 milhões de euros (11,2% do PIB), o nível mais elevado desde 2000, mostram os dados publicados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.

A manutenção da situação pandémica e a recuperação da atividade assistencial dos prestadores contribuíram para o aumento significativo da despesa corrente pública (mais 11%) e privada (mais 14,7%).

Os apoios da Segurança Social atribuídos aos prestadores de cuidados de saúde, no âmbito das medidas excecionais da Covid-19, totalizaram 76,8 milhões de euros em 2020. Cerca de 48% foram pagos aos prestadores privados de cuidados de saúde em ambulatório. Estima-se que em 2021 tenham sido atribuídos 34,6 milhões de euros.

Em 2020, a despesa corrente em saúde aumentou 3,5% totalizando 21 107,9 milhões de euros.

"O crescimento acentuado da despesa corrente reflete a continuação do contexto pandémico, que determinou o aumento da despesa dos prestadores públicos com o tratamento de doentes Covid-19 e com a implementação do plano de vacinação contra a Covid-19, e a recuperação da atividade assistencial dos prestadores privados e dos prestadores públicos nas áreas não Covid-19", revelam as contas satélite da Saúde do INE.

Em 2021 a despesa corrente pública terá crescido 11%, refletindo o aumento da despesa associada ao
combate à pandemia e pela retoma da assistência nas áreas não Covid-19. Para esta evolução contribuíram os acréscimos de 17,1% do consumo intermédio (vacinas, testes à Covid-19, produtos farmacêuticos e outros) e de 5,8% dos custos com pessoal (novas admissões, horas extraordinárias e valorizações remuneratórias) dos prestadores públicos.

A despesa corrente privada também terá aumentado significativamente em 2021 (mais 14,7%), contrariando a forte redução do ano anterior (-5,5%). Isto deveu-se, principalmente, ao aumento da atividade assistencial dos prestadores privados, nomeadamente dos hospitais, dos prestadores de cuidados em ambulatório, dos serviços auxiliares e das vendas de bens médicos.

Para 2021, o INE estima o crescimento da despesa corrente dos principais agentes financiadores, principalmente das famílias (mais 15,4%), do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e do Serviço Regional de Saúde (SRS, mais 12,1%), das sociedades de seguros (mais 9,8%) e a das outras entidades da administração pública (mais 5,8%) que integram as entidades do Ministério da Saúde. "Este resultado traduz a implementação do plano de vacinação contra a Covid-19 (336,9 milhões de euros), o aumento dos custos dos prestadores (consumo intermédio e pessoal) do SNS e SRS, recuperação da procura dos prestadores privados e reforço da testagem Covid-19", refere o INE.

Ver comentários
Saber mais PIB Instituto Nacional de Estatística COVID-19 Ministério da Saúde SNS saúde economia negócios e finanças economia (geral) governo (sistema)
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio