Notícia
Despesa pública sobe 3% e atinge valor mais alto de sempre em 2021
Segundo ano da covid-19 levou a despesa pública a subir 3% e a atingir o valor mais alto de sempre. No entanto, o peso relativo no PIB desceu. Despesa pública mantém-se abaixo da média da Zona Euro.
A despesa pública subiu 3% em 2021 face ao ano anterior, atingindo 101,7 mil milhões de euros, o valor mais alto de sempre, à boleia da resposta pública à pandemia de covid-19, divulgou nesta quinta-feira, 12 de maio, o INE. No entanto, o peso da despesa pública no PIB desceu, para 48,1% do PIB.
Nas estatísticas sobre a despesa pública divulgadas nesta quinta-feira, o INE avança que a despesa pública ultrapassou, pela primeira vez em 2021, os 100 mil milhões de euros. A subida nominal de 3% face a 2021, reflete "o aumento do esforço orçamental associado às medidas de política económica para minorar o impacto da pandemia de COVID-19".
As prestações sociais foram a rubrica da classificação económica com maior peso relativo, representando 40,7% do total da despesa. Já as remunerações e o consumo intermédio corresponderam a 24,5% e 12% desse total, respetivamente, refere o INE.
No entanto, as prestações sociais foram, entre as principais rubricas da despesa, as que menos cresceram, ao avançar 2,8%. O consumo intermédio subiu 8,2%, seguindo-se as remunerações, que aumentaram 8,2%. O investimento subiu 16,9% (mais 755 milhões de euros que em 2020), depois de já ter aumentado 22,9% em 2020, destaca o INE.
Dentro das prestações sociais, as pensões pagas (que correspondem a 70% do total das prestações) subiram 2,2% com a atualização extraordinária de pensões e 0,7% com o aumento dos pensionistas do regime geral. "As outras prestações sociais em dinheiro aumentaram 4,1%, em resultado do comportamento da despesa com subsídios de isolamento e doença e com o apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores, no contexto da pandemia", diz o INE.
Já a despesa com remunerações subiu 4%, devido ao aumento do emprego nas Administrações Públicas, com as novas admissões de médicos, enfermeiros e restantes grupos de profissionais de saúde, para responder à pandemia, ao aumento dos pagamentos de horas extraordinárias e ao acréscimo de despesa decorrente de valorizações remuneratórias.
Também o consumo intermédio subiu 8,2%, refletindo, em grande medida, o aumento de despesa no setor da saúde associado à aquisição de bens e serviços no âmbito da resposta à pandemia. O investimento que subiu 16,9% pela despesa realizada pelas empresas de metropolitano de Lisboa e Porto associada à expansão das respetivas redes e e aquisição de material circulante e à aquisição de computadores no âmbito do Projeto de Universalização da Escola Digital pelo Ministério da Educação, descreve o INE.
Apesar do crescimento da despesa pública, o peso em relação ao PIB em 2021 foi de 48,1%, menos 1,2 pontos percentuais do que em 2020. O peso da despesa pública no PIB em Portugal foi inferior em 4,4 pontos percentuais à média da área do Euro, afirma o INE. "Desde que Portugal concluiu o Programa de Assistência Económica e Financeira, em maio de 2014, o peso da despesa pública no PIB tem sido sempre inferior ao conjunto de países da área do Euro", recorda.
(Notícia atualizada)
Nas estatísticas sobre a despesa pública divulgadas nesta quinta-feira, o INE avança que a despesa pública ultrapassou, pela primeira vez em 2021, os 100 mil milhões de euros. A subida nominal de 3% face a 2021, reflete "o aumento do esforço orçamental associado às medidas de política económica para minorar o impacto da pandemia de COVID-19".
No entanto, as prestações sociais foram, entre as principais rubricas da despesa, as que menos cresceram, ao avançar 2,8%. O consumo intermédio subiu 8,2%, seguindo-se as remunerações, que aumentaram 8,2%. O investimento subiu 16,9% (mais 755 milhões de euros que em 2020), depois de já ter aumentado 22,9% em 2020, destaca o INE.
Dentro das prestações sociais, as pensões pagas (que correspondem a 70% do total das prestações) subiram 2,2% com a atualização extraordinária de pensões e 0,7% com o aumento dos pensionistas do regime geral. "As outras prestações sociais em dinheiro aumentaram 4,1%, em resultado do comportamento da despesa com subsídios de isolamento e doença e com o apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores, no contexto da pandemia", diz o INE.
Já a despesa com remunerações subiu 4%, devido ao aumento do emprego nas Administrações Públicas, com as novas admissões de médicos, enfermeiros e restantes grupos de profissionais de saúde, para responder à pandemia, ao aumento dos pagamentos de horas extraordinárias e ao acréscimo de despesa decorrente de valorizações remuneratórias.
Também o consumo intermédio subiu 8,2%, refletindo, em grande medida, o aumento de despesa no setor da saúde associado à aquisição de bens e serviços no âmbito da resposta à pandemia. O investimento que subiu 16,9% pela despesa realizada pelas empresas de metropolitano de Lisboa e Porto associada à expansão das respetivas redes e e aquisição de material circulante e à aquisição de computadores no âmbito do Projeto de Universalização da Escola Digital pelo Ministério da Educação, descreve o INE.
Apesar do crescimento da despesa pública, o peso em relação ao PIB em 2021 foi de 48,1%, menos 1,2 pontos percentuais do que em 2020. O peso da despesa pública no PIB em Portugal foi inferior em 4,4 pontos percentuais à média da área do Euro, afirma o INE. "Desde que Portugal concluiu o Programa de Assistência Económica e Financeira, em maio de 2014, o peso da despesa pública no PIB tem sido sempre inferior ao conjunto de países da área do Euro", recorda.
(Notícia atualizada)