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Paulo Rangel acusa Costa de ter "dois amores", a geringonça em Lisboa e os liberais em Bruxelas

O candidato social-democrata ao Parlamento Europeu critica o que considera uma posição dupla do primeiro-ministro, acusando António Costa de governar em Portugal com a esquerda e de querer juntar-se aos liberais para determinar o rumo da Europa.

Tiago Petinga/Lusa
22 de Maio de 2019 às 14:47
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O cabeça de lista do PSD, Paulo Rangel, acusou hoje António Costa de ter "dois amores que em nada são iguais", ligando-se a BE e PCP em Lisboa e tentando uma aliança com os liberais em Bruxelas.

"Quando vejo António Costa em Portugal a ligar-se à geringonça e em Bruxelas a piscar o olho, a dar abraços e beijinhos aos liberais, só me ocorre uma velha canção popular: António Costa tem dois amores que em nada são iguais, uns são socialistas e os outros são liberais", afirmou o eurodeputado, num almoço-comício em Tondela.

Rangel acusou Costa de "mais uma manobra de oportunismo eleitoral" e de "ginástica ideológica", depois de na segunda-feira o primeiro-ministro se ter reunido com o Presidente francês Emmanuel Macron, salientando ambos a importância da criação de "uma coligação de progresso e futuro" após as eleições europeias entre as forças políticas que pretendem construir a próxima etapa do projeto europeu.

"A questão é de tal ordem séria que ontem [segunda-feira] Pedro Nuno Santos foi a um comício e introduziu uma rutura na campanha socialista ao dizer que os socialistas tinham de fazer uma escolha entre socialistas e liberais. Já hoje, Pedro Marques veio baralhar tudo outra vez e dizer que os socialistas estão disponíveis para se coligar com os liberais e, pasme-se, até com o PPE, que diziam estar do lado da direita radical", criticou Rangel.

O candidato social-democrata defendeu que o PS não pode querer "governar em Portugal com a extrema-esquerda e querer estar na Europa com os liberais", dizendo "haver duas caras neste PS".

"Em política não vale tudo. Não vale António Costa dizer uma coisa e o seu contrário, não vale pôr os seus ministros a dizer o contrário e uma coisa, e não vale pôr o seu candidato a dizer tudo ao contrário e o contrário de tudo", acusou, considerando o PS "um partido à deriva que não sabe o que há de seguir".
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