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Passos diz que PSD "nunca se demitiria da obrigação" de disputar a Câmara do Porto
O presidente do PSD disse hoje, no Porto, que o partido "nunca se demitiria da obrigação de disputar" a Câmara do Porto, uma cidade que "está parada há quatro anos, a viver da herança recebida" de Rui Rio.
"Vai uma grande diferença entre candidatar nas nossas listas uma personalidade independente que muito prezamos e respeitamos ou desistir de candidatar para apoiar um independente, são duas coisas muito diferentes", disse Passos Coelho este sábado, na apresentação da candidatura do economista Álvaro Almeida, que lidera como independente a coligação "Porto Autêntico", que integra PSD e PPM.
O líder do PSD referiu que "o Porto está parado há quatro anos, um pouco como se passa no país". "No Porto vive-se hoje da herança que foi recebida e do adiamento. Nada se passa. Gere-se aquilo que é a conjuntura e, portanto, uma vez que a herança era boa e que o Porto está na moda (...) pensa-se que com isto se constrói o futuro, e não é assim", sublinhou.
Em seu entender, "no Porto como no país, se ambicionamos alguma coisa para futuro temos de fazer mais do que administrar o que herdámos e beneficiar da conjuntura. É preciso actuar sobre o tecido económico, sobre o tecido social, é preciso criar um dinamismo próprio que nos possa permitir sonhar mais alto e atingir metas mais ambiciosas para futuro".
"Se apenas estivermos a gerir as circunstâncias, aquilo que vai acontecer é o definhamento. Ora, o Porto e o país precisam que o Porto seja, tem de ser, um centro importante cosmopolita, aberto, mas que consiga também fixar em toda a região uma dinâmica económica importante, do ponto de vista cultural que seja mobilizadora, em que as pessoas estejam no centro da acção política e não a fazer a decoração, o décor da política", acrescentou.
De acordo com o líder do PSD, o candidato Álvaro Almeida "tem mostrado não apenas do ponto de vista profissional, mas do ponto de vista cívico e político ser alguém muito bem preparado para exercer a função de liderança que o Porto precisa".
"Muitas vezes, quando ouvimos o debate público somos levados a pensar que as eleições autárquicas já estão decididas, o PSD está sempre no centro das avaliações como se fosse o único partido a concorrer, muitas vezes cria-se a ideia de que as eleições autárquicas são um obstáculo intransponível para o PSD. Está decidido que vamos perder as eleições autárquicas", referiu.
E acrescentou: "Na verdade, não sei se esta abordagem corresponde a uma intenção de desmobilizar o PSD e de criar algum desânimo entre os seus eleitores, mas àqueles que estão a prestar este serviço de baixar tanto as expectativas para as eleições autárquicas eu gostava de dizer que somos daquela raça que nunca nos deixamos desmobilizar, mesmo quando pintam o retrato mais adverso à escala nacional".
"E, portanto, contem, nos momentos de maior adversidade, com a maior união, coesão e motivação, quer do nosso partido, quer do nosso eleitorado, para fazer destas eleições um grande momento de afirmação política, cívica e de maturidade do grande partido que é o PSD", frisou.