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Jerónimo de Sousa avança com moção de censura e pede eleições antecipadas
A votação da CDU que consegue recuperar os três assentos no Parlamento Europeu e a derrota dos partidos do Governo serve para os comunistas tirarem ilações internas. O secretário-geral do PCP quer eleições antecipadas.
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Os resultados das eleições europeias deste domingo são vistos pela coligação entre o PCP e os Verdes como uma quebra de legitimidade do actual Governo. O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, apoiou-se na votação que permite à CDU recolocar três eurodeputados em Bruxelas e na "maior derrota" de sempre do PSD e CDS juntos para pedir eleições antecipadas.
Com o intuito de consubstanciar o descontentamento dos portugueses e aquilo que Jerónimo de Sousa considera ser uma clara perda de legitimidade do Executivo, a CDU clama pela realização de eleições antecipadas e anuncia, para já, a apresentação de uma censura ao Governo. O líder dos comunistas assegurou que se trata de uma "censura que é também uma condenação à política da troika".
No entender de Jerónimo de Sousa a moção de censura é "actual e imperiosa quanto mais se confirma o rumo de desastre económico" do país. O líder do PCP sublinha que os portugueses condenaram "a fuga em frente" de um Governo apoiado pelo PSD e CDS que tiveram "a maior derrota de sempre destes dois partidos".
A votação deste domingo "representa a censura do povo português", defendeu para depois garantir que "não há mão protectora de Cavaco Silva que legitime este Governo".