António Costa garante ter provado que “em Lisboa é possível uma política anticrise e que consolide as finanças públicas”, uma experiência que, diz em entrevista ao "Público", “devia poder ter projecção noutras instâncias”.

Sobre a leitura nacional que poderão ter os resultados das eleições autárquicas,  sublinha que “em Lisboa há uma escolha clara: saber se as pessoas querem continuar a estratégia em absoluto contraciclo (…) ou se querem exportar também para Lisboa as políticas que a nível nacional têm dado os resultados que têm dado”.

No entanto, questionado se assume o compromisso para quatro anos, o candidato socialista não responde.

Num balanço à sua actuação como presidente da autarquia, António Costa diz que o maior insucesso é não ter “ainda conseguido do Estado a transferência de competências relativas aos transportes públicos e ao policiamento do trânsito”.

Atrair habitantes para o centro da cidade, diz, “é o objectivo de Lisboa”, que foi o concelho do país que “em quatro décadas mais se desertificou”.

Por isso, garante, "temos de ter melhor cidade, para atrair empresas e pessoas, temos d eter mais empregos para ter mais pessoas e prtecisamos de mais pessoas para que haja mais emprego".

António Costa considera “um disparate” a acusação de que a autarquia equilibrou as contas à custa de acordo com o Governo de José Sócrates, como os terrenos do aeroporto. “As contas da câmara estão hoje equilibradas porque tivemos coragem, logo em 2007, de cortar bna despesa e temos tido uma gestão rigorosa”, afirma, sublinhando que no ano passado a autarquia atingiu o nível de endividamento líquido a 0%. "Reduzimos o IMI num contexto que todos os impostos estão a subir no país, somos, segundo o INE, a entidade que mais investimentos estão a realizar em todo o país", sublinhou.