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Vieira da Silva: "Ninguém sairia reforçado de eleições antecipadas"

"Se alguém tem essa ilusão, a nossa história recente já mostrou várias vezes que é uma ilusão passageira", diz o ex-ministro do Trabalho e da Segurança Social, em entrevista ao Negócios e à Antena 1.

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Ninguém sairia reforçado de eleições antecipadas, que trariam um "dano sério" ao país, afirma Vieira da Silva, ex-ministro do Trabalho e da Segurança Social´.

 

Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, Vieira da Silva refere-se à crise energética e das matérias-primas para sustentar que estamos "num processo de grande turbulência" e refere que um crescimento superior a 4% não corresponde a uma economia "pujante" mas antes a uma recuperação.

 

Questionado sobre se o PS poderia sair reforçado de eleições antecipadas, ou se pode ter a tentação de provocar esse cenário, responde que não.

"Nunca ninguém sairia reforçado. O nosso país sairia prejudicado. Duvido que alguém consiga tirar vantagens de uma situação que prejudica o país", diz.

 

"Se alguém tem essa ilusão, a nossa história recente já mostrou várias vezes que é uma ilusão passageira", acrescenta. 

 

"Pode parecer que por vezes se tiram vantagens de curto prazo, ou porque se ganham "x" deputados. Aquilo que mostra a nossa história - infelizmente vivemos várias crises no princípio do século ou até no final do século passado - é que muitas vezes quem ganha no curto ou no médio prazo não consegue consolidar esses ganhos se o país sofre um dano sério. Instabilizar o processo de decisão e a forma de estimular a recuperação económica e social é provocar um dano sério ao país", conclui.

Ao longo da entrevista, o ex-ministro do Trabalho considera que confundir as negociações da viabilização do orçamento com as matérias laborais "não é o mais desejável" mas acrescenta que acredita que no final do processo o Código do Trabalho vai continuar "equilibrado".

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