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Trump suspende entrada de europeus nos EUA durante 30 dias

O presidente norte-americano anunciou esta noite que, nos próximos 30 dias, serão suspensas todas as viagens da Europa para os Estados Unidos. Mas há uma exceção: o Reino Unido.

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Donald Trump anunciou na noite desta quarta-feira a suspensão, durante os próximos 30 dias, de todas as viagens da Europa para os Estados Unidos. A exceção é o Reino Unido.

 

O presidente dos EUA aconselhou ainda as pessoas que estiverem doentes ou que não se sintam bem a "ficar em casa". 

 

A medida foi anunciada no âmbito das ações prometidas pelo chefe da Casa Branca para conter o avanço do Covid-19 no país e para combater o nefasto impacto económico deste novo coronavírus.

Trump pediu ainda que as pessoas evitem viagens não essenciais. E garantiu que em breve serão tomadas "medidas sem precedentes" para alívio financeiro dos trabalhadores que não possam trabalhar devido à doença.

 

O presidente republicano pretende avançar com um plano de linhas de crédito para pequenas empresas nos estados e territórios afetados. Por isso disse, citado pelo The Guardian, que vai pedir ao Congresso um aumento orçamental de 50 mil milhões para este programa. 

Mercados afundam

Apesar do anúncio destas verbas adicionais - se tiverem luz verde do Senado e da Câmara dos Representantes -, os investidores continuam a fugir das ações perante o clima de incerteza e as bolsas em Wall Street seguem a cair na negociação do "after hours", isto depois de na sessão regular desta quarta-feira o Dow Jones ter fechado em "bear market", a cair 20% face ao seu último valor mais alto – atingido a 12 de fevereiro quando marcou um máximo histórico.

Também o petróleo estaá a perder terreno, com os futuros do West Texas Intermediate (WTI) - referência dos Estados Unidos - a mergulharem mais de 6% em Nova Iorque. 

Já os futuros do índice EuroStoxx 50 seguem a perder 7,3% e a bolsa de Hong Kong entrou em "bear market". Na Tailândia, o índice de referência afunda 5,5% e no Japão o Nikkei mergulha 5,17%.

Covid-19 não se compara à crise de 2008

Dirigindo-se ao país a partir da sala oval, Trump considerou o novo coronavírus uma "horrível infeção", que requer "uma resposta sem precedentes". Mas, segundo o The New York times, recusou a comparação com a crise financeira de 2008. 

 

Trump revelou ainda que as companhias de seguros de saúde aceitaram estender a cobertura para cobrir os tratamentos do Covid-19, segundo o jornal nova-iorquino.

 

Na segunda-feira à noite Trump esteve em reunião na Casa Branca a analisar possíveis medidas de estímulo da economia, e no dia seguinte assinou um plano de cerca de oito mil milhões de euros – aprovado na semana passada pelo Congresso – para ajudar a combater o surto de Covid-19, que já matou mais de uma dúzia de pessoas nos EUA e infetou mais de 200. E aproveitou para exercer nova pressão sobre a Fed, no sentido de levar o banco central a descer de novo os juros diretores.

O Colorado e Massachusetts declararam estado de emergência, uma vez que os casos de coronavírus estão a aumentar bastante nestes dois estados norte-americanos.

 

Além do pacote de verbas assinado na terça-feira, que triplica as expectativas de gastos que tinham sido feitas pela Casa Branca há duas semanas dias, Trump também anunciou que visava uma redução dos encargos fiscais que as empresas têm com os seus trabalhadores - afirmando querer que essa folga se prolongue até às eleições presidenciais de novembro próximo.

(notícia atualizada pela última vez às 02:58 de 12 de março)

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