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Seguro quer "confiança" dos portugueses nas legislativas
O secretário-geral do PS, António José Seguro, afirmou, ao final da noite de sexta-feira, que espera merecer a confiança dos portugueses nas próximas legislativas, durante uma ação de campanha do candidato de Penamacor às autárquicas.
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"Dentro de mais ou menos dois anos haverá eleições para a Assembleia da República, e eu espero merecer a confiança do povo português para governar Portugal", afirmou, durante um jantar comício de apoio a José Luís Beites, o candidato autárquico do PS em Penamacor, terra natal de António José Seguro.
Em 'casa' e recebido por largas centenas de pessoas, António José Seguro começou por pedir o "apoio" para o candidato autárquico e para "todos os candidatos às juntas de freguesia", alargando depois esse pedido para as eleições que se realizam "dentro de dois anos".
Dirigindo-se a muitas das pessoas que conhece pelo nome, António José Seguro agradeceu-lhes por lhe terem transmitido o "valor da palavra dada", expressão que usou para garantir que cumprirá todas as promessas feitas.
"Só prometo aquilo que sei que vou poder cumprir", disse.
Entre as promessas está a intenção de contribuir para "o desenvolvimento e progresso do interior", que o secretário-geral socialista não aceita "que seja um grande lar de idosos".
O Plano de Desenvolvimento do Interior (PDI) é uma das propostas "concretas" que o secretário-geral do PS apresentou (já o tinha feito ao longo de sexta-feira e também nos último dias) como "ferramenta" desse desenvolvimento.
"Será uma grande alavanca para o interior porque apostará no emprego. A minha proposta é que através dos fundos europeus, se empreste, a taxas de juro reduzidas, dinheiro às empresas que queiram ficar ou instalar-se no interior, criando postos de trabalho", especificou.
António José Seguro voltou ainda a reiterar a proposta que tinha feito durante a manhã, em Proença-a-Nova, para que o preço do gás de botija seja nivelado ao preço do gás natural.
Também repetiu críticas que já tinha deixado ao Governo relativas às propostas para o regime de requalificação da função pública e a da convergência das pensões entre público e privado.
O Governo propõe que os funcionários públicos colocados no chamado "regime de requalificação" recebam durante 12 meses 60% da sua remuneração e numa segunda fase 40%, com limites mínimo de 485 euros e máximo de 838,44 euros e quer também a redução em 10 % das pensões de valor superior a 600 euros.
"Cortes e mais cortes", resumiu.
A esse propósito, o secretário-geral do PS também apresentou - enquanto contava um episódio que viveu -, uma das explicações para a não concretização, em julho, do acordo com o Governo.
"Hoje (sexta-feira), um senhor dirigiu-se a mim e disse-me que agora já percebia os motivos para não termos feito acordo. Esse senhor disse-me: 'Agora já sei porque é que o senhor não o fez, foi porque nos quer defender e porque queria defender as nossas pensões", contou.