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Seguro demite-se se perder as primárias

O secretário-geral do PS, António José Seguro, convocou para segunda-feira uma reunião do Secretariado Nacional do partido e para quinta-feira a Comissão Política Nacional para preparação das eleições primárias para escolha do candidato a primeiro-ministro.

Paulo Duarte/Negócios
01 de Junho de 2014 às 18:33
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Fonte da direcção do PS garante que não há qualquer solução bicéfala. Tratou-se de mais uma "desorientação de Antonio Costa". Se o secretário-geral perder as primárias, saberá tirar dai as "devidas ilações – leia-se, demite-se".

 

Segundo uma nota de imprensa divulgada hoje pela direcção socialista, a reunião do secretariado nacional do PS está marcada para as 18h00 e a da comissão política para a noite de quinta-feira (21h30m).

 

Fonte da direcção do PS explica que"na história do PS e na da democracia portuguesa não há um caso, um caso que seja, onde o líder do partido que vence as eleições se tenha demitido. António Costa tem a ambição de liderar o PS. É legítimo, mas falhou por duas vezes à chamada: em 2011 e em 2013."

 

"As regras que existem para a convocação de um congresso extraordinário não foram alteradas na última revisão dos estatutos, são letra a letra, palavra por palavra as que existiam antes  de Seguro ter sido eleito secretágiro-geral do PS", acrescenta a mesma fonte, sublinhando que "é pura mentira a conversa da blindagem dos estatutos"

 

No entanto, a mesma fonte denuncia que a "ambição de António Costa criou um problema ao PS" e desmente a possibilidade de uma lidferança bicéfala: "só há lideranças bicéfalas quando duas pessoas desempenham a mesma função".

 

"Assim, surgem duas hipóteses possíveis", explica a mesma fonte, ou Seguro ganha as primárias e é o secretário-geral e candidato a primeiro-ministro ou António Costa ganhas as primárias e António José Seguro "tira as devidas ilações (leia-se demite-se)"

 

Costa "criou um problema ao PS. Seguro apresentou uma solução"

 

"António Costa criou um problema ao PS. António José Seguro fez o que compete a um líder: apresentou uma solução que resolve o problema criado e abre o partido à cidadania.Seguro demonstrou que não está apegado ao poder. Dizem até que escolheu o terreno menos favorável para ele. Mas, se houver justiça, o gesto de Seguro ficará para a história, como reflexo da grandeza de um líder que, num momento muito difícil, não atira a toalha ao chão, vai à luta e abre o partido à participação dos cidadãos", conclui a mesma fonte.

 

Recorde-se que na reunião da comissão política do PS, que sábado decorreu em Torres Vedras, António José Seguro disse que iria apresentar uma proposta detalhada para a realização em breve de eleições primárias abertas a simpatizantes destinadas a escolher o candidato socialista ao cargo de primeiro-ministro.

 

Esta proposta surgiu na sequência da disponibilidade do presidente da Camara de Lisboa, António Costa, para disputar a liderança do PS, no seguimento dos resultados do partido nas eleições europeias de há uma semana.

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