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Seguro acusa Passos de ter "duas palavras" e degradar vida pública

O secretário-geral do PS acusou hoje o primeiro-ministro de ter duas palavras sobre cortes nas pensões, uma na oposição e outra agora no poder, considerando que essa atitude cria desconfiança e desilusão na vida pública.

Miguel Baltazar/Negócios
19 de Setembro de 2013 às 14:50
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António José Seguro falava no início de um almoço comício em Vila do Conde, integrado na candidatura da socialista Elisa Ferraz a presidente da Câmara.

 

No ataque que fez a Pedro Passos Coelho, António José Seguro começou por invocar "o valor da palavra" para cidadãos que, como ele, nasceram na Beira.

 

"Queria recordar uma declaração do primeiro-ministro em Abril de 2011, quando era candidato a primeiro-ministro, dizendo que as reformas atribuídas não deveriam ser objecto de corte sob pena de o Estado se apropriar daquilo que não é seu. O primeiro-ministro prometeu uma coisa para ganhar os votos dos portugueses e está a fazer outra completamente diferente depois de chegar ao poder", criticou o secretário-geral do PS.

 

Mas Seguro foi ainda mais longe no ataque ao líder do executivo, criticando as consequências ao nível da relação de confiança entre políticos e eleitores.

 

"Quando um líder político diz uma coisa antes das eleições e outra depois com tal evidência, isso demonstra que ele tem duas palavras e duas atitudes completamente diferentes: Uma quando anda a pedir votos e outra completamente diferente quando está no poder. É um juízo que deixo a cada português", declarou Seguro.

 

Para o líder socialista, esta situação "não é apenas uma questão técnica, mas uma questão de princípio, de palavra e da mais elementar justiça".

 

"O PS é uma oposição responsável e positiva, não prometendo nada que não possa fazer quando for Governo. Podemos perder votos para aqueles que querem que tudo se prometa e depois logo se vê, mas não trocamos votos por princípios. A vida pública e a vida política em Portugal precisa de políticos de palavra, porque há muita gente desiludida e desencantada, que não acredita", disse.

 

Neste contexto, Seguro voltou à carga contra o actual primeiro-ministro.

 

"Quando um primeiro-ministro, a propósito das pensões, promete uma coisa e está a fazer outra, não só está a incumprir uma promessa (o que já seria grave), como também está a criar desconfiança e desilusão na vida pública e na política", acrescentou.

 

Antes do líder do PS, a candidata socialista à presidência da Câmara de Vila do Conde criticou a medida do Ministério da Educação de retirar a obrigatoriedade do inglês logo a partir do primeiro ciclo do Ensino Básico - ponto que não foi depois objecto de qualquer referência por António José Seguro.

 

Na primeira intervenção do almoço comício, o presidente cessante da Câmara de Vila do Conde (e ex-líder da Associação Nacional dos Municípios Portugueses entre 1993 e 2001) fez o elogio da candidata socialista, mas advertiu os eleitores vila-condenses sobre os perigos do triunfalismo em relação aos resultados do próximo dia 29.

 

No almoço, parte da mesa de honra, onde estava sentado Seguro, foi ocupada a presença de alguns armadores e pescadores do concelho.

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