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Seguro acusa Passos de estar "obcecado" com os mercados

O secretário-geral do PS acusou o primeiro-ministro de revelar "enorme insensibilidade" e de estar "obcecado" pelos mercados ao criticar os socialistas por defenderem junto da 'troika' um défice nunca inferior a 5% em 2014.

Jorge Paula/Correio da Manhã
19 de Setembro de 2013 às 00:50
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António José Seguro falava no final de um jantar-comício na quarta-feira em Fafe, o maior até agora realizado no âmbito da caravana nacional do PS, numa acção de campanha de apoio à candidatura socialista do médico Raul Cunha à presidência da Câmara desta autarquia.

 

"O primeiro-ministro [Pedro Passos Coelho] não para de nos surpreender e aqui bem perto, em Barcelos, criticou-me por ter proposto que a meta orçamental do próximo ano deveria ficar no mínimo em 5%. Tanta insensibilidade. Ele sabe, ou deveria saber, que uma meta de 5% permitiria não fazer cortes retroactivos nas pensões, não aplicar a TSU ao conjunto dos reformados e permitiria parar com os despedimentos na função pública", sustentou Seguro.

 

O secretário-geral socialista disse que, mesmo assim, Pedro Passos Coelho critica o PS "por defender os portugueses junto dos nossos credores". "Tanta insensibilidade só pode vir de alguém que está obcecado com os mercados e que não olha para a realidade que se está a passar no nosso país", criticou António José Seguro.

 

De acordo com o secretário-geral do PS, em Portugal "há cada vez mais pessoas a serem atiradas para a pobreza e cada vez mais famílias com dificuldades [financeiras] para chegarem ao final do mês".

 

Depois, lançou uma crítica à coesão do actual Governo, depois de insistir na ideia de que Passos Coelho "está desligado da realidade". "Nós sabemos que no Governo dele ninguém se entende: Um quer o défice flexibilizado, ele diz que não quer o défice flexibilizado. O Governo português não fala a uma só voz, não tem capacidade para defender os interesses dos portugueses, mas isso é lá com eles", referiu Seguro.

 

Neste jantar-comício, que encheu o pavilhão multiusos de Fafe, discursaram antes de António José Seguro o presidente cessante da Câmara de Fafe, José Ribeiro, o líder da Federação de Braga, Fernando Moniz, o deputado socialista Laurentino Dias e o candidato socialista à presidência da Câmara, Raul Cunha.

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