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Seguristas acreditam no regresso do ex-líder à política activa

A tendência segurista esteve em peso no lançamento do último livro do antigo líder do PS. E apesar de Seguro garantir que não é um regresso à vida partidária, Zorrinho acredita que ele voltará à política e Assis considera que nunca chegou sequer a sair.

Bruno Simão
11 de Março de 2016 às 00:52
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Depois de um ano e meio afastado dos holofotes e microfones, António José Seguro, ex-secretário-geral do PS e actualmente professor universitário, voltou, esta quarta-feira, 10 de Março, a ser o centro das atenções por ocasião do lançamento do livro "A Reforma do Parlamento Português".

 

E se é verdade que Seguro fez questão de salientar que com esta obra se limita a regressar "ao espaço público", mas não "à vida política", alguns dos mais destacados membros da ala segurista, que estiveram presentes no lançamento que decorreu na Universidade Autónoma, acreditam que o antigo líder socialista acabará por voltar às lides políticas.

 

É o caso de Carlos Zorrinho, antigo braço direito de Seguro e actual eurodeputado pelo PS, que considera o anterior secretário-geral do partido um "homem que marca a sociedade portuguesa". Razão pela qual Zorrinho, em declarações ao Negócios, acredita que Seguro "vai voltar a ter" um importante papel na política tal como o teve no passado.

 

Menos assertivo mas também elogioso, António Galamba, antigo membro do Secretariado de Seguro, considera que a enchente que marcou o lançamento desta quarta-feira é o "reconhecimento das pessoas pelo seu percurso", que Galamba aparentemente gostaria de ver continuado.

 

As "perguntas marotas" dos jornalistas a que Seguro não quis responder também não obtiveram resposta de muitos daqueles que apoiaram o então secretário-geral socialista nas primárias que, em Setembro de 2014, acabariam por ditar a escolha de António Costa como candidato do PS a primeiro-ministro e levar à demissão de António José Seguro.

No evento estiveram vários nomes conhecidos do partido do punho fechado: Apoiantes de Seguro como João Soares,  Francisco Assis, Alberto Martins, Brilhante Dias, João Proença, Fonseca Ferreira, Ana Gomes, Alberto Martins ou os já citados Zorrinho e Galamba, ou ainda históricos como Ferro Rodrigues e Jorge Coelho.

 

Ainda assim, Francisco Assis, eurodeputado e crítico da solução governativa encontrada por Costa mediante os acordos feitos com a esquerda parlamentar, e que considera que actualmente "toda a gente em Portugal olha com preocupação +ara a situação do país", elogia o "amigo" Seguro, político que o ex-candidato à liderança do PS acredita que "verdadeiramente, nunca saiu da vida política".

 

Como disse o próprio Seguro, este foi um dia para "reencontrar amigos", mas foi também uma jornada em que a palavra "geringonça" foi uma constante nas conversas paralelas que se foram multiplicando quer antes, quer depois, dos momentos reservados à apresentação propriamente dita do livro. Seguro não disse se vai ao próximo Congresso do PS, marcado para Junho, contudo fica a clara sensação de que muitos dos seus mais próximos gostariam de o lá ver.

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