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Ao minuto18.02.2018

Santana, de rival a contra-crítico protector de Rio

Um acordo entre Rui Rio e Santana Lopes sobre a composição das listas para os órgãos sociais do partido marcou o arranque do segundo dia do Congresso do PSD. Depois surgiram os críticos de Rio e os críticos dos que tentaram condicionar o novo líder. A última voz sonante a ouvir-se foi a de Santana Lopes que pediu apoio ao líder. O Negócios seguiu as principais incidências do conclave social-democrata.

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18.02.2018

Santana critica críticos e protege Rio

O candidato derrotado nas eleições directas de Janeiro surgiu no Congresso como se um aliado de longa data de Rui Rio se tratasse. Santana Lopes apontou o dedo àqueles que, em vez de apoiarem o novo líder, chegaram ao conclave social-democrata para "condicionar" Rio.

Após ter articulado a composição das listas aos órgãos do partido com o novo líder e de, na sexta-feira, ter entrado com Rio na sala do Congresso, numa demonstração de união, Santana Lopes criticou a "irresponsabilidade" dos críticos. "Não gostei de ver tentarem condicionar-te mal foste eleito e antes de tomares posse aqui neste Congresso", atirou. Santana não nomeou ninguém, mas os nomes que mais se destacaram no traçar de linhas vermelhas à liderança de Rio foram Hugo Soares, Miguel Pinto Luz e Luís Montenegro. O discurso deste ex-líder parlamentar do PSD já tinha também sido criticado por Paulo Rangel e Poiares Maduro. 

"Tu ganhaste e tens todo o direito a executar a tua estratégia", continuou Santana já depois de ter admitido que "foi fácil" obter uma convergência com Rio na composição das listas e sublinhando que o principal "mérito" foi do ex-autarca portuense por ter tido "um gesto que muitos outros não tiveram ao longo dos tempos".

Sobre a abertura por si próprio demonstrada ao aceitar o convite de Rio para encabeçar a lista ao Conselho Nacional e ao disponibilizar as "ideias" e programa que apresentou na corrida à presidência do PSD ao novo líder do partido, Santana Lopes explicou que se limitou a fazer o que gostaria que o seu adversário nas directas tivesse feito se o resultado das eleições internas fosse diferente.

18.02.2018

Santana ficou "tranquilo" com nega de Rio ao bloco central

Tal como noutras ocasiões, o discurso de Pedro Santana Lopes era um dos momentos mais aguardados do conclave social-democrata. Com a sala cheia mas menos impetuoso do que noutros tempos, Santana cumpriu ao garantir porventura um ou dois dos momentos de maior galvanização dos congressistas.

O cabeça-de-lista ao Conselho Nacional disse ter ficado "tranquilo" com a rejeição de Rui Rio a qualquer tipo de acordo de bloco central. "Disseste aqui o que disseste ao longo da campanha. Que o bloco central não se colocava", sustentou Santana Lopes dirigindo-se ao novo líder, sinalizando, porém, o elefante na sala que persistiu depois do discurso de ontem de Rui Rio.

"Há outro item que foi aquele que mais debatemos na campanha: viabilizar ou não um Governo socialista e isso não é bloco central. A questão da viabilização de um Governo do PS é muito complexa", reconheceu o ex-presidente da câmara de Lisboa.

Depois de ter criticado a abertura demonstrada por Rio para viabilizar um Executivo socialista se o PSD não tivesse condições para formar Governo e ainda em nome do interesse nacional e para afastar a extrema-esquerda do poder, Santana Lopes admitiu agora a complexidade da situação.

"Compreendo que a situação não é fácil", disse notando que ao rejeitar liminarmente viabilizar um Governo dos socialistas "pode significar que muito do voto útil vai parar ao PS", explicou desculpando-se a Rio por estar a fazer de seu "intérprete". No fundo, depois da alteração ao xadrez político nacional provocado pela geringonça, Santana admite que criar um antagonismo face ao PS pode ser contraproducente para o PSD em termos eleitorais. 

18.02.2018

Montenegro reage aos que o criticaram

Numa curta ao entrevista ao Negócios, Luís Montenegro reage aos que o criticaram por ter aproveitado o Congresso de entronização de Rui Rio para marcar terreno para uma liderança futura. O Congresso serve para "dizermos uns aos outros aquilo que pensamos, não é a disfarçar".

17.02.2018

Elina Fraga, o nome da polémica

A escolha de Elina Fraga para a vice-presidente da comissão política nacional causou desconforto dentro do PSD. Tudo porque a ex-bastonária da Ordem dos Advogados apresentou uma queixa-crime contra membros do Governo de Pedro Passos Coelho. 

Paula Teixeira da Cruz disse ao Observador que a isto chama-se "traição" e Hugo Soares é citado pelo Público a dizer que "as escolhas são do líder e respeito-as. É evidente que me custa saber que contamos com alguém que fez uma queixa-crime contra uma ministra muito corajosa". 

17.02.2018

Moções aprovadas

A moção de Rui Rio foi aprovada pelo Congresso por unanimidade, avança a Lusa. No total foram votadas 22 moções tendo sido todas aprovadas. Entre as moções sectoriais estão a de Carlos Moedas e Pedro Duarte, que pedem ao partido de debata os desafios da digitalização da economia, e várias moções que defendem a descentralização. A moção de Rui Rio - com a qual venceu as eleições directas no partido - defende o reposicionamento do partido ao centro.

17.02.2018

Castro Almeida: Unidade "convive bem com divergência de opinião"

O futuro vice-presidente do PSD Castro Almeida afirmou que Luís Montenegro "tem talento e coragem política", considerando que o discurso no congresso foi "dentro da crítica aceitável" e que a unidade "convive bem com divergências de opinião".

Questionado pela agência Lusa sobre a anunciada saída de Luís Montenegro do Parlamento, Castro Almeida - um dos vice-presidentes da Comissão Política Nacional indicados pelo presidente eleito, Rui Rio - começou por destacar que o ex-líder da bancada parlamentar "mostrou claramente que tem talento político, tem coragem política, tem mérito, tem valor".

Na opinião de Castro Almeida, "a unidade de um partido convive bem com divergências de opinião, com críticas" e Luís Montenegro "colocou-se dentro do âmbito da crítica aceitável"

17.02.2018

Poiares Maduro reage a discurso de Montenegro e diz que "o momento é de cooperar"

Em declarações feitas ao Negócios, o professor Miguel Poiares Maduro defende que em política há dois momentos: "um de competição e um de cooperação". Nesse sentido, o ex-ministro de Passos Coelho reage ao posicionamento de Luís Montenegro para uma candidatura futura à liderança do PSD dizendo que a fase de competição terminou em 13 de Janeiro último, com a vitória de Rui Rio nas directas sociais-democratas. 

Como tal, Poiares Maduro sustenta que "agora é o momento de cooperação e não de competição". 

17.02.2018

Lusa: Hugo Soares defende referendo sobre eutanásia

O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, afirmou hoje que o partido deve defender um referendo sobre a despenalização da morte assistida, uma vez que os sociais-democratas nunca discutiram o assunto internamente.

"Eu queria dizer ao Congresso Nacional do meu partido que, se quiserem iniciar o processo legislativo no parlamento, temos obrigação de ouvir o povo português e fazer um referendo", afirmou perante o 37.º Congresso PSD, salientando que os sociais-democratas nunca debateram internamente o tema da eutanásia.

O ainda presidente da bancada do PSD – estão marcadas eleições para a bancada para a próxima quinta-feira – propôs ainda a constituição de uma Comissão parlamentar de Inquérito sobre a actuação da Segurança Social no âmbito do caso de suspeitas adopções ilegais de crianças que estavam à guarda do Estado por elementos da Igreja Universal do Reino de Deus.

"As comissões de inquérito não podem só servir para apurar o que se passou no sistema financeiro. Se o Estado falhou temos de saber porque falhou para que não volte a falhar", referiu.

17.02.2018

Bloco e PCP já reagem a Rio

A coordenadora nacional do BE, Catarina Martins, acusou hoje o novo líder do PSD, Rui Rio, de querer reformar o regime político apenas para garantir que "nada é feito sem o acordo da direita", avança a Lusa. 


O secretário-geral do PCP criticou, também hoje, no Porto, o empenho crescente numa retoma "formal ou informal" num bloco central no PSD, CDS e PS, alertando estar em causa um ataque ao seu partido e aos direitos dos trabalhadores. Para Jerónimo de Sousa, citado pela Lusa, os apelos para a "libertação do Governo do PS da dependência da esquerda não deixam dúvidas acerca dos objectivos" das "forças do grande capital e dos sectores políticos a eles associados no PSD, no CDS, mas também no interior do PS", por estarem "cada vez mais empenhados" num bloco central, com vista a "intensificar a exploração e retomar o rumo de liquidação de direitos" dos trabalhadores.

17.02.2018

Rangel lamenta que Portugal esteja a "crescer na cauda da Europa"

Tem sido uma das tónicas neste 37.º Congresso do PSD: a economia portuguesa está a crescer a reboque da conjuntura económica favorável e aquém das possibilidades que esta possibilita.

Depois de ontem Passos Coelho ter notado que há 13 países da Zona Euro (composta por um total de 19) que em 2017 cresceram acima dos 2,7% conseguidos por Portugal, desta feita foi Paulo Rangel a criticar um fraco crescimento alcançado no ano passado.

"Estamos a crescer, mas estamos a crescer na cauda da Europa", lamentou considerando que, ainda assim, este crescimento seja já suficiente para a geringonça querer alterar a legislação laboral, alvo da última reforma no Governo de Passos. "É bom que Portugal esteja a crescer, a criar emprego. É pena que assim que isso se sinta, os cúmplices de esquerda do Governo e a ala bloquista do PS já só pensem em desfazer a legislação laboral."


No entender de Rangel, o Governo está dependente de "dois partidos populistas, anti-europeus e anti-ocidentais" que dificultam aquela que deveria ser a "ambição" do país, a de "estar no pelotão da frente" europeu. "Aquilo que o PS e os seus aliados deixam para Portugal é a cauda da Europa. É esta a ambição de Costa e dos seus satélites anti-europeus", acrescentou.

17.02.2018

Moedas diz ao PSD que não se deixe "desmoralizar pelos vaticínios catastrofistas"

O comissário europeu Carlos Moedas pediu hoje ao PSD que não se deixe "desmoralizar pelos vaticínios catastrofistas dos bem-pensantes", defendendo que a vitória está ao alcance em 2019.

"Não nos deixemos desmoralizar pelos vaticínios catastrofistas dos bem-pensantes", pediu Carlos Moedas, perante o 37.º Congresso Nacional do PSD, no Centro de Congressos de Lisboa, citado pela Lusa.

Numa intervenção em que evocou o Governo PSD/CDS-PP, Carlos Moedas enalteceu o papel de Pedro Passos Coelho, designadamente a sua postura na crise de julho de 2013, quando Paulo Portas anunciou a demissão do Governo, que o então primeiro-ministro não aceitou.

"Quando chegámos ao Governo em 2011, os bem-pensantes sabiam que tudo ia correr mal. Sabiam que mais cedo ou mais tarde, a coligação ia colapsar. Não colapsou. Sabiam que mais cedo ou mais tarde, íamos falhar uma avaliação da 'Troika'. Não falhámos", apontou, ainda citado pela Lusa.

"Sabiam que mesmo cumprindo não escaparíamos a um segundo programa. Escapamo-nos. Sabiam que apesar de termos evitado o segundo programa, íamos obviamente ter uma derrota esmagadora nas eleições. Ganhámos as eleições", acrescentou.

Também agora, defendeu Carlos Moedas, "os mesmos bem-pensantes vaticinam que Rui Rio vai perder as eleições de 2019". "Estão mais uma vez enganados", declarou.

17.02.2018

Rangel reage a Montenegro e diz que não é tempo de "batalhas virtuais"

Foram dois e de seguida os discursos que mostraram que na prática a teoria é outra. O mesmo é dizer que nem todos os chamados críticos ou potenciais de Rui Rio são iguais ou vão adoptar a mesma postura.

Se tanto Luís Montenegro como Paulo Rangel reiteraram o respectivo apoio ao novo líder, e concordaram na necessidade de unir o partido, o ex-presidente da bancada social-democrata posicionou-se desde já para no futuro vir a liderar o PSD. Logo depois da intervenção de Montenegro, foi a vez de Paulo Rangel se dirigir aos congressistas, com o eurodeputado a avisar que o PSD terá pela frente "batalhas bem reais". Batalhas que, alertou, não se compadecem com a "fulanização de batalhas virtuais". Rangel e Montenegro pedem unidade do PSD, mas este último marca já terreno face a Rui Rio.

Se dúvidas houvesse, Rangel disse a Rio que "pode contar com o meu total empenho". "Este não é o tempo nem o momento para batalhas virtuais nem astrais", prosseguiu Rangel apelando à unidade do partido para enfrentar a "demagogia da frente vermelho-rosa que precisa da luta do PSD".

Quanto às eleições de 2019, Paulo Rangel assume que serão "batalhas difíceis mas que estão ao nosso alcance".

17.02.2018

Lusa: Morais Sarmento, Elina Fraga e David Justino na Comissão Política Nacional de Rio

David Justino, Elina Fraga, Isabel Meireles, Manuel Castro Almeida, Nuno Morais Sarmento e Salvador Malheiro são os nomes indicados pelo novo líder do PSD, Rui Rio, como vice-presidentes da Comissão Política Nacional.

O anúncio foi feito por Rui Rio no segundo dia do 37.º congresso nacional, que se realiza no Centro de Congressos de Lisboa.

Feliciano Barreiras Duarte é o nome proposto para secretário-geral dos sociais-democratas.

Os primeiros quatro nomes para a lista do Conselho Nacional, o órgão mais importante entre congressos, são indicados por Rio e Santana Lopes, que saiu derrotado das directas de Janeiro, resultado do acordo entre os dois.

Assim, a lista de unidade é liderada pelo próprio Pedro Santana Lopes, terá Paulo Rangel a número dois, seguindo-se Arlindo Cunha, ex-ministro do PSD, e José Matos Correia, secretário-geral do partido na direcção de Pedro Passos Coelho.

Para presidente do Conselho de Jurisdição Nacional, Rio e Santana propõem Nunes Liberato, ex-secretário-geral do partido e antigo chefe da Casa Civil da Presidência com Cavaco Silva.

Paulo Mota Pinto encabeça a lista à mesa do congresso.

A lista da Comissão Nacional de Auditoria Financeira é encabeçada por Catarina Rocha Ferreira.

As eleições para os órgãos nacionais realizam-se no domingo de manhã.

17.02.2018

Luís Montenegro anuncia saída do Parlamento

Já a terminar a sua exposição ao Congresso, Montenegro anunciou que abandonará as suas funções de deputado na Assembleia da República, revelando que sairá no próximo dia 5 de Março, data que em comemora 16 anos como parlamentar.

"Sinto que é hora de dar oportunidade a outros", explicou garantindo, porém, que não vai deixar o combate político, seja na televisão, onde contará com presença semanal, seja na rádio, onde participa, na TSF, num debate todas as semanas com Carlos César. Montenegro deixou em aberto ter uma coluna regular num jornal. Mas se se sentir desafiado a assumir novamente protagonismo, Montenegro assegura que "não pedirei licença a ninguém". Ou seja, prometendo disponibilidade para o combate político e um dia assumir novas responsabilidades, e mantendo presença regular na comunicação social, e como diria Santana Lopes, Luís Montenegro vai andar por aí.  

Comprometeu-se ainda a não fazer "como outros", ou seja, não minar o trabalho da actual liderança do partido: "vou sempre ajudar e representar o PSD", afiançou notando que "esta é a hora do Rui Rio".


17.02.2018

Montenegro garante que não fará oposição interna a Rio

Visto como crítico interno à nova liderança e considerado aspirante a liderar um dia o PSD, Luís Montenegro assegurou que não pretende fazer oposição a Rui Rio mas à geringonça.

"É tempo de nos deixarmos de guerras artificiais (...) Eu não sou, não quero e não vou ser oposição interna a Rui Rio", afirmou Montenegro que promete ser "oposição a António Costa, Catarina Martins e Jerónimo de Sousa".

17.02.2018

Montenegro: "é um erro dizer que temos de nos recentrar"

Luís Montenegro defendeu esta tarde que considera ser um erro o PSD recentrar-se, já que foi o PS que mudou de sítio.

"É um erro dizer que temos de nos recentrar", disse o antigo líder parlamentar e um dos críticos de Rio mais bem colocado para ser identificado como seu possível sucessor. 

Quando apresentou a candidatura à liderança do PSD, Rio afirmou que o seu objectivo era "recentrar" o partido, depois de ele ter sido puxado para a direita com a liderança de Passos Coelho. 

17.02.2018

Amaro responde a Hugo Soares e diz que não é tempo de pensar no Orçamento

Próximo de Rio e provavelmente um elemento da futura direcção do novo líder, Álvaro Amaro reagiu às declarações sobre a necessidade de o novo presidente do PSD esclarecer desde já se vai votar contra o Orçamento do Estado para 2019 - como exigiu o presidente cessante da bancada parlamentar, Hugo Soares - ou quem encabeçará a lista do partido nas eleições europeias do próximo ano. 

"Não digas nada disso", defendeu Amaro dirigindo-se directamente a Rui Rio, lembrando-o de que há outras prioridades nesta altura como, por exemplo, acabar com a distância entre eleitores e eleitos. Este foi precisamente um tema tratado por Amaro na moção sectorial trazida pelo autarca da Guarda a este Congresso social-democrata.

17.02.2018

Amaro cita Soares e Guterres para elogiar Rio

O presidente da câmara da Guarda recorreu a expressões de dois históricos do PS para elogiar Rui Rio. Álvaro Amaro começou por citar o "pântano" invocado por "esse grande estadista (António Guterres)" para dizer que Rio está "talhado para resolver, não sei se um pântano dois, mas uma situação pantanosa que a política portuguesa vive hoje".

Situação provocada pela "solução acrobática, de trapézio, chamam-lhe geringonça", uma "troika portuguesa que nos adia o futuro". Mas "chegará o tempo em que a máscara vai cair" porque "tudo se esconde, tudo se atrasa, em nome de indicadores macroeconómicos".


Elogiando a intenção do novo líder começar a preparar desde já as autárquicas de 2021, o também ex-edil de Gouveia lembrou Rui Rio que vai precisar de "pessoas disponíveis para o combate político, para disputar eleições". E prometendo um "batalhão de soldados" para essas disputas, Amaro lembrou, "como alguém disse", "só perde quem desiste [de lutar]". Esse alguém foi o fundador do PS, Mário Soares.

17.02.2018

"É preciso acabar com este Estado português que parece uma grande ONG"

O antigo presidente do Governo Regional da Madeira defendeu esta tarde no Congresso do PSD que "é preciso acabar com este Estado português que parece uma grande ONG". Alberto João Jardim disse que "é preciso chamar os bois pelos nomes: anda a dar-se subsídios a quem não quer trabalhar". 

No segundo dia do Congresso laranja que decorre em Lisboa, a manhã foi marcada por notícias sobre um acordo entre Rio e Santana para a unidade do partido e a tarde está a ser usada por figuras relevantes do partido para discursar. 
 
Até agora as declarações dos vários interveniente têm sido, na maior parte dos casos, sobre estratégia política, mas Alberto João Jardim começou a sua intervenção por questões mais económicas. 

Defendeu que Portugal está a crescer pouco comparativamente com os outros países, que é preciso investimento privado, mas também público, uma reforma da justiça "sem medo" e um novo sistema fiscal "mais atractivo". 

"Estamos cada vez mais sobrecarregados de impostos", afirmou, frisando depois que esta carga fiscal está a ser usada para alimentar o Estado que parece "uma grande ONG". O anterior líder do Governo Regional da Madeira rejeitou que isso signifique destruir o Estado Social.

Alberto João Jardim defendeu ainda que é necessário avançar com uma "regulação do sistema financeiro". "O Estado liberal andou a facilitar a vida aos bancos e ainda estamos a pagar a falta de regulação do Banco de Portugal", acusou, defendendo que é preciso avançar com uma "reforma constitucional e uma reforma na própria União Europeia".

O militante histórico do PSD adiantou que a estratégia a seguir agora deve ser a de "explicar aos portugueses quais as consequências de não se fazer o que tem de ser feito" e defendeu que é preciso um "presidente que não seja situacionista mas que seja capaz de fazer um referendo em Portugal sobre a Constituição". 

17.02.2018

Pinto Luz recusa discutir recentramento do PSD

Miguel Pinto Luz, autor de uma carta aberta em que traçou um conjunto de linhas vermelhas à nova liderança do PSD, chegou ao palco a defender que o importante neste Congresso é que o partido "saia daqui com um caminho sólido, claro e alternativo à governação socialista".


A rejeição a acordos com o PS foi uma das linhas vermelhas traçadas na missiva dirigida a Rio pelo vice-presidente da câmara de Cascais.


De seguida, o ex-líder do PSD-Lisboa lembrou a discussão que marcou parte da campanha para as directas de Janeiro sobre a necessidade, defendida por Rio, de reposicionamento do partido ao centro. Pinto Luz diz ser daqueles que consideram que a discussão sobre "o recentramento do nosso partido não interessa de todo aos portugueses, pelo que não a devemos fazer".


Já sobre a hipótese de em 2019 o PSD viabilizar um Governo socialista – uma questão que ficou por clarificar no discurso de Rio – Pinto Luz rejeita liminarmente tal cenário e garante que "não concebo" abrir via aos socialistas depois do que estes fizeram em 2015.

17.02.2018

Sarmento quer que seja Marcelo o facilitador de entendimentos

Morais Sarmento guardou a parte final da sua longa declaração para se referir ao Presidente da República, a quem o advogado instou a afirmar-se como uma plataforma capaz de gerar entendimentos entre as diversas forças políticas com vista à prossecução das reformas essenciais ao país.

O ex-ministro da Presidência pediu a Marcelo Rebelo de Sousa que identifique os "bloqueios" do país para posteriormente iniciar uma "discussão". Em tom de "desafio", Morais Sarmento apelou a Marcelo que seja o pivot de entendimentos e que seja capaz de "mobilizar o país para essa discussão" sobre as reformas necessárias. 

Na sexta-feira, no discurso aos congressistas, Rui Rio defendeu que o PSD deve estar disponível para dialogar e chegar a consensos para realizar reformas essenciais como na justiça, sistema político, descentralização e Estado.

Antes, o advogado disse não ter nem "pudor nem vergonha, pelo contrário, em ver que foi um de nós, e não um presidente de esquerda, que foi capaz de uma ligação e relação directa com os portugueses". Isto é "resultado de uma sensibilidade [de Marcelo] que a esquerda apregoa mas não pratica", acrescentou considerando o Presidente um "verdadeiro exemplo" de alguém que respeita os "princípios da social-democracia".

"Devemos, por isso, a Marcelo uma palavra clara de admiração e de agradecimento pelo exemplo que nos continua a dar", concluiu.

17.02.2018

Morais Sarmento acusa Governo de nada fazer para mudar as "nossas falências económicas"

Com a mira apontada ao Governo chefiado por António Costa, Nuno Morais Sarmento acompanhou o discurso de ontem de Rio criticando o Executivo socialista por construir um "país político que se perde no auto-elogio do crescimento económico" sem que nada tenha feito para mudar "as razões das nossas falências económicas"


"Este Estado não é capaz de fazer nada", atirou Sarmento dando como exemplo a inacção do Governo na questão da poluição no rio Tejo.

O advogado criticou depois a incapacidade deste Executivo levar a cabo alterações a um modelo fiscal que é "opressivo".

17.02.2018

O Portugal de Morais Sarmento não é o mesmo da geringonça

Nuno Morais Sarmento surgiu no palco apontando já às três eleições de 2019, assumindo a intenção de vencer todos esses combates. Porém, admitiu que as legislativas serão "o combate decisivo".

O mandatário nacional de Rui Rio defendeu depois que o seu Portugal não é o mesmo de uma geringonça que "não se assume". Morais Sarmento criticou a actual solução governativa por utilizar "os recursos disponíveis do Estado", não para "pagar as funções essenciais", mas para satisfazer a clientela da esquerda.

Considerando que o Governo devia preocupar-se em resolver os problemas estruturais do Estado, Sarmento assumiu ver em Rui Rio um homem capaz de "não hesitar nas mudanças e reformas que Portugal precisa" e a pessoa certa para enfrentar o "PREC" levado a cabo pela geringonça.

17.02.2018

PSD vai discutir alterações estatutárias

Os congressistas aprovaram uma proposta para que a discussão e votação das quatro propostas de alterações estatutárias. A proposta, apresentada pela Mesa do Congresso e aprovada por unanimidade, estabelece que esses textos sejam discutidos e votados num Conselho Nacional extraordinário a convocar no prazo de três meses.

Rui Rio já se tinha pronunciado favoravelmente sobre a discussão de alterações aos estatutos, porém havia defendido que este Congresso não seria o momento indicado para que a mesma se realizasse.

17.02.2018

Hugo Soares quer que Rio diga já que vai votar contra OE de 2019

A Lusa escreve que o líder parlamentar social-democrata, Hugo Soares, defendeu hoje que o PSD deveria dizer já que vota contra o próximo Orçamento do Estado para 2019 por ser "uma questão política essencial", discordando que o partido seja uma "muleta a quatro" do Governo.


"Por discordar que o PSD possa ser uma espécie de muleta a quatro do actual modelo de governação disse que era importante que o PSD dissesse já que vota contra o próximo Orçamento do Estado porque esta é uma questão política essencial para sabermos como é que o PSD se vai colocar", adiantou aos jornalistas.

17.02.2018

A primeira baixa entre os críticos no PSD

José Eduardo Martins, apontado como um dos críticos dentro do PSD, já não vai falar no Congresso do partido, que está hoje no segundo dia, avança o Observador. Eduardo Martins tinha avançado ao Negócios esta semana que tinha intenção de falar, tal como fez em encontros anteriores.

A alteração terá resultado de um "lapso dos serviços", explica o Observador, acrescentando que o social-democrata estaria a violar os estatutos se falasse ao Congresso. 

Sábado é o dia reservado aos críticos. Restam agora Carlos Moedas, Miguel Pinto Luz, Paulo Rangel e Luís Montenegro. Outro crítico que já falou foi Pedro Duarte, embora para apresentar a sua moção.

Nessa intervenção sugeriu a Rio que não perdesse tempo a "dizer mal dos adversários". O antigo dirigente nacional já não deverá voltar a dirigir-se aos congressistas sociais-democratas.

17.02.2018

"PS é que tem de ter o dilema" de viabilizar um Governo PSD

Paulo Mota Pinto, apontado como um dos próximos membros da equipa de Rui Rio, acredita que será o PSD a vencer das eleições legislativas e que o "dilema" será do PS

Esta questão da viabilização de um futuro governo tem marcado o Congresso. No primeiro dia, Rio disse sim a acordos sobre algumas matérias, mas recusou um bloco central.

17.02.2018

"O ónus está agora do lado do Governo"

Marco António Costa defende que "o ónus está agora do lado do Governo" depois de o PSD se ter disponibilizado para o diálogo em torno de reformas. O ainda vice-presidente social-democrata admite que ficou "colada" ao PSD uma imagem de ser um partido "fechado sobre si próprio", que esta disponibilidade de Rui Rio vem agora permitir mudar. 

O deputado laranja recusa que o partido estivesse sem ideias e lembra que o PSD apresentou propostas na área da descentralização - uma das reformas que Rio considera ser uma "matéria de regime". 

"O PSD está a oferecer uma imagem de responsabilidade ao país", adiantou Marco António Costa. 

Questionado pelos jornalistas sobre as declarações de Maria Luís Albuquerque à TSF sobre as dificuldades de o PSD viabilizar o Orçamento do Estado para 2019, Marco António Costa alinhou no mesmo raciocínio. "O PS sabe que o PSD tem uma atitude reformista" e, por isso, não contará com o partido para ser uma "maioria silenciosa" como são os partidos de esquerda, adiantou.

17.02.2018

Terminou a apresentação de moções

Terminada a apresentação das moções temáticas, os trabalhos foram agora interrompidos para almoço.

A necessidade de reformar o modelo territorial mediante a descentralização de competências para acabar com as assimetrias entre Litoral e Interior foi o tema central.


Já a moção cujo primeiro subscritor é Pedro Duarte centrou-se na importância de preparar o país para uma era de crescente digitalização da economia e consequentes impactos no mercado laboral.


No âmbito eminentemente político-estratégico, houve moções a exigir uma clarificação da nova liderança quanto a acordos de bloco central, dada por Rio ainda na noite de sexta-feira. A importância de reposicionar o PSD ao centro e abri-lo à sociedade civil também foram temas em destaque.


Outas moções sectoriais abordaram temas como a legalização da cannabis, uma proposta para que a escolha dos candidatos do partido decorra da realização de eleições primárias, ou ainda apelos a medidas que garantam a paridade entre homens e mulheres nos planos político e social. 

17.02.2018

Miguel Albuquerque gostou da clarificação estratégica feita por Rio

O presidente do governo regional da Madeira gostou do discurso feito por Rui Rio no primeiro dia do Congresso social-democrata. "Gostei do discurso", diz Miguel Albuquerque destacando a "clarificação estratégica em três áreas: rejeição do bloco central, e isso é bom para a democracia; indicação de que o CDS é o parceiro preferencial do PSD; clarificação do que se entende por pactos de regime, que são acordos pontuais em matérias muito especificas, designadamente na justiça".

"Partimos deste Congresso com um projecto alternativo", regozijou-se.
 

Miguel Albuquerque mostrou-se ainda confiante de que em 2019 vai vencer as eleições regionais na Madeira. Tendo em conta o calendário eleitoral do próximo ano, com eleições europeias, legislativas e na Madeira, há vozes dentro do partido que exigem vitórias do PSD para que Rio não seja apenas um líder de transição. Questionado sobre se uma eventual derrota do PSD na Madeira pode fragilizar Rio, Albuquerque afiança que "vamos ganhar as eleições regionais".


17.02.2018

Barreiras Duarte remete anúncio de novos órgãos para Rio

Apontado pela imprensa como provável escolha de Rui Rio para secretário-geral do PSD, o deputado Feliciano Barreiras Duarte remete o anúncio sobre esse lugar e os restantes pelouros dos órgãos sociais do partido para o novo líder. "O anúncio será feito por Rui Rio", disse. 

Alinhado com o discurso de Rio, Barreiras Duarte elogiou o "contributo importante para esta unidade" dado por Santana Lopes, referindo-se à articulação das listas entre os dois adversários nas últimas eleições internas. "Não me surpreende a unidade demonstrada", garantiu o deputado social-democrata que lembra que "a união constrói-se".

Ainda em linha com o novo líder, Barreiras Duarte disse estar satisfeito com a candidatura do deputado Fernando Negrão à liderança da bancada parlamentar do PSD. O próprio Negrão já admitiu que Rio vê com bons olhos a sua candidatura. 

17.02.2018

Rui Rio acordou com Santana Lopes composição das listas

Já começou o segundo dia do 37.º Congresso do PSD. Os trabalhos arrancaram com Rui Rio a confirmar ter consensualizado a composição das listas para os órgãos sociais do partido com Santana Lopes, candidato derrotado nas eleições directas de Janeiro. 

Rio congratulou-se com a "unidade política" demonstrada pela articulação das listas com Santana. O novo líder do PSD destacou ainda o "contributo muito importante" dado por Pedro Pinto, presidente da distrital de Lisboa e apoiante de Santana nas últimas directas. 

Depois de uma votação muito dividida nas eleições internas que decorreram mês passado, o presidente eleito do PSD chegou a esta Congresso com a clara intenção de promover a unidade do país em torno da nova liderança. 

A confirmar isso mesmo está o facto de ontem Rio ter entrado no Congresso ladeado de Santana Lopes, que havia sido convidado - e aceitado - encabeçar a lista para o Conselho Nacional. 

A Lusa adianta que o consenso sobre as listas foi alcançado noite dentro, por volta das 4:00 da manhã, uma discussão liderada por Salvador Malheiro, director de campanha de Rio, e João Montenegro, director de campanha de Santana.

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