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Santana Lopes “não ficava triste” com sete deputados, mas quer mais
Em entrevista à TSF e ao DN, o líder da Aliança coloca o partido à direita do atual PSD, acredita que pode eleger seis a sete deputados nas legislativas e defende que só uma coligação de direita pode retirar a esquerda do poder.
"Eu entendo que, ainda mais existindo a frente de esquerda, para se construir uma alternativa é necessário criar um caminho de convergência [à direita]" com o PSD e o CDS, defende Pedro Santana Lopes, o líder da Aliança.
"Uma coligação à direita é a única forma de retirar a esquerda do poder", garante. Uma coligação que seria sempre pós-eleitoral.
As sondagens apontam para 4% nas intenções de voto para o Aliança, o que corresponderia a seis ou sete deputados no Parlamento. "Não ficava triste com esse resultado, mas quero mais, sou ambicioso, quero mais", assume Santana Lopes na entrevista à TSF e ao DN. Numa entrevista ao Público, em Novembro, o líder do novo partido disse ambicionar chegar à fasquia dos 10%.
"Nós somos conhecidos ainda só de 21% dos portugueses - alguém me dizia que há ministros que estão quatro anos no governo e nunca chegam aí -, só esses é que identificam neste momento o novo partido Aliança. Portanto, nós, nos próximos meses, temos um enorme trabalho a fazer, que começou agora, para nos tornarmos conhecidos de, se Deus quiser, pelo menos 75% ou 80% das pessoas".
Santana Lopes posiciona-se à direita do atual PSD, "um partido com quem a Aliança poderá trabalhar" e quer ir buscar votantes à abstenção.
"Quero é que neste momento o centro-direita consiga ter os tais 116 + 1. Eu, partido novo, não sou eu, é o partido que lidero, tem obrigação de trabalhar para ir buscar os que estão mais afastados, os que se têm abstido, os que não têm tido intervenção política".
Sobre a situação no PSD e o desafio lançado por Luís Montenegro, Santana Lopes considera que a aprovação da moção de confiança de Rui Rio "trará alguma estabilidade por uns tempos. Quanto tempo, não sei, não consigo vaticinar, depende de muita coisa".
Menos impostos e generalização dos seguros de saúde
Sobre as opções do partido, diz que "em primeiro lugar seria fazer uma grande aposta no crescimento económico". "Nós acreditamos firmemente nos efeitos e na eficácia da redução de impostos - IRS, IRC em boa medida, IMT por causa da aposta, nomeadamente para casais jovens"
"Os efeitos da redução fiscal são muito importantes para libertar recursos para o investimento, mas também para criar esse clima de confiança para o investidor, o que esta frente de esquerda que está no poder nem pouco mais ou menos faz".
Crítico da situação que se vive na Saúde, Santana Lopes defende a "generalização dos seguros de saúde", de forma a alinhar os custos com as despesas.
"A questão é que há muitos portugueses que não têm dinheiro para fazer seguros de saúde, e para isso qual é o esforço que o Estado tem de fazer? Tem de fazer a dedução fiscal realista, tão verdadeira quanto possível, de quem faça o seu seguro de saúde. Não devo ainda decifrar mais".