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Rui Rio é o novo presidente do PSD

Rui Rio venceu as eleições directas do PSD que decorreram este sábado. Rio torna-se assim no 18.º presidente social-democrata, sucedendo a Passos Coelho que além de abandonar a liderança do partido sai do Parlamento depois do Congresso de Fevereiro.

Fernando Veludo/Lusa
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Rui Rio é o vencedor das eleições directas do PSD, tendo derrotado o candidato Pedro Santana Lopes nas eleições directas do partido realizadas este sábado, 13 de Janeiro.

Segundo os dados provisórios, quando faltam ainda apurar 11 das 325 secções de voto, votaram 42.254 militantes, correspondentes a 59,77% dos 70.692 militantes habilitados a votar [com quotas pagas]. Desses votos, 440 foram em branco e 229 nulos. Rui Rio obteve 22.611 votos (54,37%), enquanto Santana teve 18.974 votos (45,63%).

Dos mais de 70 mil militantes habilitados a participar no processo eleitoral, votaram então 42.254, correspondendo a 59,77%. Este número compara com a média de cerca de 50% do total de militantes com capacidade de voto que votaram nas anteriores directas do partido. Até à data, incluindo a eleição deste sábado, foram realizadas oito directas. A primeira foi em 2006 e teve Luís Marques Mendes como vencedor.

Nas últimas eleições directas (em Março de 2016), que reconduziram Passos Coelho como presidente do partido, houve 50.491 militantes habilitados a votar. O acréscimo de quase 20 mil militantes com capacidade de voto verificado antes das eleições deste sábado foi o mais elevado, seguido do aumento de mais de 14 mil registado nas directas de 2008 que opuseram Passos, Manuela Ferreira Leite e Santana Lopes. 


Rio torna-se assim no 18.º presidente da história do partido fundado por Francisco Sá Carneiro. O antigo autarca portuense torna-se desde já o presidente social-democrata, uma vez que, estatutariamente, assim que são oficiais os resultados, o vencedor das eleições é formalmente o novo líder, não tendo de esperar pelo Congresso. 

Segue-se agora o Congresso nacional do partido, que decorre nos dias 16, 17 e 18 de Fevereiro, em Lisboa. Será o momento da entronização de Rio como novo líder, bem como a altura em que serão eleitos os novos órgãos dirigentes do PSD e em que serão discutidas as moções levadas ao Congresso. A composição dos novos órgãos permitirá perceber se as intenções declaradas por Rio e Santana no sentido da promoção de maior unidade e convergência entre as diferentes tendências do partido passará das palavras para o papel. 

Depois da derrota significativa do PSD nas autárquicas de Outubro do ano passado e perante sondagens que colocam o partido bem abaixo dos 30% das intenções de voto, o novo líder tem desde já como um dos principais desafios imediatos colocar o partido a subir nos estudos de opinião numa demonstração de capacidade para recuperar o eleitorado perdido. 

Nos próximos meses, Rio precisará também de renovar os quadros do partido de forma a evitar a balcanização do PSD. A capacidade para fazer passar uma nova mensagem, preferencialmente enquanto projecto alternativo de Governo, deverá ser também uma das prioridades do novo presidente social-democrata.

Se Rio é o homem que se segue, Passos Coelho é o homem que sai. O ex-primeiro-ministro deixa a liderança social-democrata como o segundo líder com mais anos na presidência do partido, logo atrás de Cavaco Silva. Na passada quinta-feira, Passos revelou que, na sequência do Congresso de Fevereiro, renunciará ao seu mandato de deputado à Assembleia da República, o que deverá significar o seu afastamento da vida política activa. Pelo menos, para já. 

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