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Só metade dos militantes do PSD vai votar
A série histórica das directas do PSD mostra que, em média, apenas metade dos militantes com quotas pagas vai efectivamente votar. No entanto, nos anos de mudança de líder a taxa de participação costuma subir.
O líder do PSD começou a ser escolhido através de eleições directas em 2006. Até agora, os militantes com quotas pagas foram às urnas sete vezes.
Em 2010, quando Passos Coelho foi eleito pela primeira vez líder do PSD, a taxa de participação foi de 66,3%, a mais alta da série que mostra a participação dos militantes na escolha do presidente.
Por outro lado, em 2006, na primeira vez em que foi usado este método de selecção do presidente, a taxa de participação foi a mais baixa. Na altura, Luís Marques Mendes foi o mais votado e a taxa de afluência às urnas foi de 37,3%.
A média das taxas de participação dos sete anos é de 50,6%. Olhando para esta média como um barómetro do comportamento dos militantes sociais-democratas - e calculada pelo Negócios a partir dos dados oficiais do partido sobre directas - é possível afirmar que este sábado cerca de metade dos eleitores deverão exercer o seu voto.
No entanto, a evolução desta série de dados mostra uma "nuance" que pode permitir antecipar que a taxa de participação será mais alta do que os tais 50,6%.
É que nos actos eleitorais em que muda o líder, a taxa de participação é mais alta, como se os militantes se sentissem mais desafiados a fazer uma escolha.
Foi assim quando Luís Filipe Menezes ganhou a Luís Marques Mendes em 2007, quando Manuela Ferreira Leite venceu Passos Coelho e Santana Lopes em 2008 e quando Passos Coelho foi eleito pela primeira vez para a liderança, contra Paulo Rangel e José Pedro Aguiar Branco.
Nas restantes eleições, as taxas de participação foram sempre inferiores a 50%.
Esta tarde, 70.385 militantes com quotas pagas estão inscritos como eleitores na disputa entre Rui Rio e Pedro Santana Lopes. São mais 19.867 militantes do que nas eleições de Março de 2016.