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PSD: Menezes defende Rio contra vice "oportunista encartado"

O ex-líder do PSD afasta velhas divergências e sai em defesa da direção. Insurge-se com a saída de Castro Almeida e garante que o partido "pode contar com a [sua] humilde militância" até às eleições, "sem contrapartidas".

Em janeiro de 2019, Menezes abraçou Rio à margem de um Conselho Nacional no Porto. Rui Farinha/Lusa
08 de Julho de 2019 às 14:36
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É um apoio que chega de onde menos se esperaria. Luís Filipe Menezes, inimigo político de longa data de Rui Rio, veio a público defender a atual direção do partido no caso da demissão do vice-presidente Manuel Castro Almeida, que bateu com a porta a três meses das eleições legislativas.

 

"Quando eu era líder do partido fez oposição marcada, mal-educada e trauliteira todos os dias. Fez o mesmo a Passos Coelho. Foi apoiante e promotor da candidatura de Rio mais de uma década! Agora é que descobriu a má índole do líder? Oportunista encartado. Faz tanta falta como a viola no enterro", atirou Menezes, visando o ex-autarca de São João da Madeira, entre 2001 e 2013.

 

Castro Almeida, que foi secretário de Estado do Desenvolvimento Regional no anterior Governo PSD/CDS-PP, formalizou a demissão da vice-presidência laranja a 20 de junho, quase um mês depois da derrota nas eleições Europeias e alegando descontentamento com o rumo do partido. No entanto, a saída do cargo só foi conhecida este fim de semana.

 

Numa publicação feita na sua página no Facebook, o ex-autarca de Vila Nova de Gaia começa por recusar "revanchismos ou vinganças mesquinhas" e deixa outra razão para apoiar Rio e esta liderança social-democrata até às eleições. "Porque, no caso vertente, até me identifico com algumas das decisões estruturantes do atual líder, o PSD pode contar com a minha humilde militância até ao fim deste combate. Sem contrapartidas. Por convicção e caráter".

 

 

Horas depois do anúncio da demissão de Castro Almeida, que assinou em representação do PSD um acordo com o Governo sobre fundos comunitários, fonte oficial do PSD divulgou na noite de domingo, 7 de julho, o nome do substituto: José Manuel Bolieiro, presidente da Câmara de Ponta Delgada desde 2012. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, é descrito como "um homem culto, leal e dedicado à causa pública" na conta oficial de Rio na rede social Twitter.

 


O nome de José Manuel Bolieiro ainda terá de ser votado na próxima reunião do Conselho Nacional, que se deverá realizar até final de julho, segundo a Agência Lusa. Passará então a integrar como vice-presidente a direção presidida pelo ex-autarca do Porto, juntando-se a Nuno Morais Sarmento, David Justino, Salvador Malheiro, Elina Fraga e Isabel Meirelles.

Esta é a segunda baixa na direção de Rui Rio desde a sua eleição em Congresso em fevereiro de 2018, mas a primeira a dever-se a divergências políticas. Apenas um mês depois da reunião magna do partido, o então secretário-geral do PSD, Feliciano Barreiras Duarte, demitiu-se na sequência de várias notícias relacionadas com irregularidades na sua licenciatura e também dúvidas sobre subsídios que recebia enquanto deputado.

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