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Portas acusa PS de fazer "leitura apressada" de decisão "positiva" do BCE

O líder do CDS-PP classificou hoje como "francamente positiva" a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de comprar dívida pública, considerando que o secretário-geral socialista fez uma "leitura apressada" do programa anunciado por Mário Draghi.

Pedro Elias/Negócios
24 de Janeiro de 2015 às 18:38
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"A decisão do Banco Central Europeu é francamente positiva", afirmou o líder do CDS-PP e vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, em declarações aos jornalistas na sede do partido.

 

Sublinhando que se trata de uma decisão que visa evitar a deflação, melhorar o crescimento através do investimento e estimular a existência de reformas, Paulo Portas criticou a "leitura apressada" que o líder do PS, António Costa, fez sobre a matéria ao considerar que se tratou de "uma pesada derrota" política e doutrinária do primeiro-ministro.

 

Por um lado, referiu Paulo Portas, a decisão do BCE destina-se apenas a países que cumprem os objectivos ou que mostrem uma trajectória que visa cumprir os objectivos e, olhando à "partilha de riscos", verifica-se que "80% dos riscos ficam nos bancos centrais nacionais, 20% ficam a nível europeu e central", "o que é diferente da mutualização de que, por vezes, o PS fala".

 

"Finalmente há outro ponto decisivo: se Portugal tem seguido o conselho ou a posição do PS que era de pedir mais tempo ou pedir mais dinheiro, não tínhamos terminado o resgate, ainda tínhamos a ‘troika' cá dentro, teriam a pedir-nos um segundo memorando, estaríamos em cima da mesa com um programa cautelar, não poderíamos beneficiar desta decisão do BCE", sublinhou o líder democrata-cristão.

 

Questionado se a decisão do BCE não é contrária ao que o primeiro-ministro sempre defendeu, Paulo Portas não respondeu directamente, repetindo apenas que o programa não se destina a países que não cumpram globalmente os objectivos e que se o caminho seguido tivesse sido o defendido pelo PS, o resgate não teria terminado e a ‘troika' ainda estaria em Portugal.

 

Além disso, acrescentou, o país não poderia beneficiar das decisões do BCE.

 

"Nem sempre dizer o que mais agradável de ouvir ou o que é mais popular dizer corresponde ao interesse nacional", frisou.

 

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