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Passos Coelho traça paralelismo do seu Governo com sucesso eleitoral de Cameron
À saída de um encontro com o primeiro-ministro italiano em Florença, o governante português desenhou uma comparação entre o mandato de David Cameron e o percurso do seu Governo.
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Inquirido sobre os resultado das eleições britânicas de ontem, Pedro Passos Coelho disse que não queria comentar o resultado, apenas "cumprimentar o actual primeiro-ministro" que continuará à frente dos destinos do Reino Unido.
"É sabido que o meu colega inglês, apesar de não estar dentro do euro, desenvolveu uma política de recuperação económica nos últimos anos, que envolveu também a tomada de medidas bastante difíceis, que não eram nada populares. Quando se olhava para as sondagens, achou-se que a penalização poderia ser maior do que na realidade foi", afirmou o primeiro-ministro aos jornalistas, numa clara referência ao percurso do Governo português, embora tenha também referido que "não se pode extrapolar".
O resultado de Cameron foi melhor do que as sondagens indiciavam. "Isso dá-lhe esperança?", questionou um jornalista. "Nunca ninguém me ouviu dizer que as sondagens têm muita ou que não têm importância nenhuma", esclareceu. "Representam determinado momento. Dão-nos a ideia da tendência e, quanto muito, do que poderia acontecer caso determinados eventos acontecessem."
Passos parece contar que, no momento de votar, alguns eleitores acabem por colocar a cruz em frente à coligação PSD/CDS-PP. "Nas eleições, as pessoas são chamadas a decidir e [é aí que] uma percentagem elevada dos cidadãos escolhem o que vão fazer. E isso pode mudar o que eram as expectativas anteriores", conclui.
Pedro Passos Coelho fará o discurso de encerramento da conferência "State of the Union", que está a ter lugar desde quarta-feira em Florença.
Nota: O jornalista viajou a convite da Fundação Francisco Manuel dos Santos