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Passos Coelho reconquista liderança do PSD

Pedro Passos Coelho venceu pela terceira vez consecutiva a liderança do Partido Social Democrata. Sem adversários, o presidente do partido alcançou 88% dos votos e reafirmou a vontade "de prosseguir o caminho de reformas".

Miguel Baltazar/Negócios
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Sem adversários, Pedro Passos Coelho reconquistou este sábado, 25 de Janeiro, a liderança do Partido Social Democrata (PSD). 

 

Os governos não podem prosseguir sozinhos e os partidos não podem estar isolados da sociedade.
 
Pedro Passos Coelho

Os resultados provisórios, apresentados poucos minutos após a meia-noite, indicam que Pedro Passos Coelho venceu com 88% dos votos (à hora em que os resultados foram anunciados ainda não tinham sido fechadas todas as secções). Pedro Passos Coelho avança assim para um terceiro mandato, de dois anos, à frente do PSD.

 

Em declarações aos jornalistas, após serem apresentados os resultados, o líder do PSD reafirmou a sua "vontade de prosseguir o caminho de reformas". "Não teremos um milagre económico em Maio deste ano [mês em que termina o programa de ajuda externa]. Ainda teremos muitos desafios pela frente mas estou convicto que faremos esse caminho com ânimo redobrado", afirmou Pedro Passos Coelho, mostrando-se confiante de que o Governo está perto de alcançar "os objectivos a que nos propusemos".

 

"Estou convencido", referiu ainda, "que o caminho que trilhámos era o caminho necessário" e que os sacrifícios dos portugueses "valeram a pena".

 

Pedro Passos Coelho não deixou, porém, de alertar que os tempos que se avizinham serão "difíceis e desafiantes" e exigirão da parte dos "partidos políticos um esforço muito maior". "Um esforço de responsabilidade política. Os governos não podem prosseguir sozinhos e os partidos não podem estar isolados da sociedade", acrescentou o presidente social-democrata.

 

Novo ciclo de Passos Coelho inclui europeias, legislativas e presidenciais 

 

Este sábado, os militantes do PSD elegeram, através de sufrágio directo, não só o presidente do partido mas também os delegados ao XXXV Congresso Nacional do PSD, marcado para 21, 22 e 23 de Fevereiro, que elegerá os novos órgãos nacionais e está previsto realizar-se no Coliseu dos Recreios de Lisboa.

 

Pedro Passos Coelho formalizou a sua recandidatura à liderança do PSD a 17 de Janeiro, data limite para o fazer, com a entrega de "mais de seis mil subscrições" de militantes e de uma moção de estratégia global intitulada "Portugal acima de tudo!".

 

Na ocasião, o actual primeiro-ministro defendeu que Portugal precisa de "um horizonte de estabilidade e muita determinação política" no "novo ciclo eleitoral" que inclui as europeias de 25 de Maio deste ano, as legislativas de 2015 e as presidenciais de 2016.

 

Na moção de estratégia global, que Pedro Passos Coelho vai levar ao Congresso de Fevereiro, o líder do partido defende um maior empenho do PSD na procura de consensos com o parceiro de coligação no Governo, o CDS, mas também com o principal partido da oposição, o PS, para que seja possível executar as reformas necessárias no País.

 

A disponibilidade de Passos Coelho para reforçar a obtenção de consensos não se limita aos partidos. Na moção, o responsável defende que é necessário "reforçar e alargar a base de coesão e mobilidades social e territorial no nosso País" e "aprofundar o acordo social de médio e longo prazo entre os parceiros sociais, incluindo os do sector solidário". 

 
A liderar o PSD desde Março de 2010

A 4 de Março de 2012, também sem adversários, Pedro Passos Coelho venceu as eleições directas do partido com 95,5% dos votos. Passos Coelho, que foi eleito presidente do PSD em Março de 2010, sucedendo a Manuela Ferreira Leite", afirmou na altura que os primeiros dois anos à frente do partido foram "bastante difíceis" e prometeu "um ciclo novo" dentro do PSD.    

 

Dois anos antes, a 26 de Março de 2010, o actual primeiro-ministro enfrentou a oposição de Paulo Rangel, José Pedro Aguiar Branco e Castanheira Barros, tendo ganho "claramente" o acto eleitoral com 61,2% dos votos. "O vencedor é claramente Pedro Passos Coelho", afirmou Assunção Esteves, na altura deputada pelo Partido Social Democrata.

 

Paulo Rangel ficou em segundo lugar com 34,47% dos votos, José Pedro Aguiar Branco em terceiro com 3,81% e em último Castanheira Barros com apenas 0,23%. Com esta vitória, Pedro Passos Coelho sucedia a Manuela Ferreira Leite, que liderou o partido durante dois anos.

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