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Passos Coelho: 100 dias de Governo "a pensar no passado" e "na reversão"

"Não sou invejoso, não estou preocupado com o que há de vir a seguir a mim porque isto não é uma dinastia", disse o líder do PSD.

05 de Março de 2016 às 16:33
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O presidente do PSD defendeu hoje que os 100 dias do Governo foram dominados por preocupações populistas e que nunca foram tão claras as diferenças entre projectos políticos, reclamando para os sociais-democratas pensamento estratégico e reformista.

 

"O país conhece hoje dois projectos muito diferentes. Aquele que completa hoje 100 dias é um projecto a pensar no passado, na reversão, no andar para trás, nas preocupações mais de natureza imediata, inquestionavelmente mais dominado por preocupações mais populistas do que propriamente a pensar estrategicamente no país", afirmou Pedro Passos Coelho.

 

Após votar para as eleições directas para a liderança do PSD, às quais é o único candidato, Passos Coelho sublinhou que os sociais-democratas representam "rigorosamente o oposto" e "nunca as coisas foram tão claras, tão diferentes, tão evidentes, como são hoje".

 

O presidente do PSD e ex-primeiro-ministro diz que há, por outro lado, "um projecto que continua a ser centrado no PSD, reformista, estratégico, a pensar no futuro do país e não apenas no dia-a-dia, no ano corrente, que tem um compromisso reformista que aponta para transformações estratégicas necessárias".

 

Passos Coelho comentou o facto de ser o único candidato à liderança, afirmando que o partido "tem muitas pessoas que podiam candidatar-se à liderança do PSD e que podiam ser bons presidentes do PSD".

 

"Não sou invejoso, não estou preocupado com o que há de vir a seguir a mim porque isto não é uma dinastia. Quem vier a seguir a mim há de, com certeza, espoletar interesse, expectativa, confiança naqueles com quem vier a contar como seus eleitores", sustentou.

 

"Estou convencido que se o PSD não tivesse tido o resultado que teve nas últimas eleições, não houvesse uma avaliação do que foi o nosso último mandato e a minha própria liderança, haveria com certeza muitas outras pessoas que estariam em condições de desempenhar esta função", sublinhou.

 

Na sua candidatura à liderança, Passos Coelho percorreu o país e disse ter tido oportunidade de constatar que "é elevada a mobilização no PSD e são elevadas as expectativas também que muitas pessoas fora do PSD" têm no partido.

 

Passos Coelho votou pelas 15:23 nas eleições para as directas do PSD, em mesas de voto instaladas num hotel de Lisboa e que elegem também os delegados ao Congresso.

 

A recebê-lo junto à mesa estava Fernando Seara, que encabeça a lista A de delegados pelo concelho de Lisboa, existindo diversas outras listas de delgados na capital.

 

A eleição do líder em directas no PSD começou há dez anos (anteriormente eram eleitos em Congresso) e este ano conta 50.491 eleitores, de acordo com números do partido.

 

A liderança de Pedro Passos Coelho iniciou-se a 26 de Março de 2010, quando venceu as directas por mais de 61% dos votos, derrotando Paulo Rangel (34,44%), José Pedro Aguiar-Branco (3,42%) e Castanheira Barros (0,27%).

 

Cerca de dois anos depois, em 2012, Passos Coelho foi novamente eleito líder, com 94,65% dos votos, e em 2014 alcançou 88,89% dos votos.

 

 

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