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Passos admite bloco central. Costa responde "ou nós ou eles"

Para o líder do PSD estão todos os cenários em aberto para nas legislativas, incluindo um bloco central no próximo governo. O líder do PS afasta totalmente esse cenário.

Bruno Simão/Negócios
28 de Fevereiro de 2015 às 15:14
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Pedro Passos Coelho diz que o PSD vai lutar pela maioria absoluta nas próximas legislativas, mas não fecha portas a uma coligação com o CDS-PP, nem a um Governo de bloco central com António Costa.

 

A revelação consta de uma entrevista ao Expresso, na qual o actual primeiro-ministro revela "que as maiorias absolutas não são um objectivo em si, mas a estabilidade é um instrumento muito importante para garantir progressos, quer na área económica, quer na área social".

 

Questionado pelo Expresso sobre se quer continuar a governar com Paulo Portas, líder do CDS-PP, o primeiro-ministro garantiu que quer continuar a "governar mais quatro anos".

 

Apesar de não responder diretamente à questão, Pedro Passos Coelho admite uma coligação futura com o CDS-PP e até um Governo de bloco central com António Costa.

 

"Quem determina as condições de governabilidade são os eleitores. Eu não fecho porta nenhuma, mas não vou fazer cenarizações", salientou, considerando que o "natural" é que o PSD e o CDS-PP "possam no futuro renovar o Governo".

 

Em relação ao PS, Pedro Passos Coelho avisa que votar nos socialistas é regressar às políticas do passado na "medida em que as soluções que têm vindo a ser apontadas são semelhantes às

do passado".

 

País "não espera nem precisa" de um bloco central

 

A resposta de António Costa não demorou muito. O secretário-geral do PS disse hoje, em Santarém, que o país "não está à espera nem precisa de um bloco central" e que o Partido Socialista constitui uma alternativa às políticas do actual Governo.

 

"O país precisa de uma mudança e essa mudança é a alternativa a construir pelo PS", afirmou António Costa, frisando que o encontro de hoje se insere no "primeiro capítulo" da agenda do partido para a década, "centrado na valorização do território".

 

Costa sublinhou o facto de, "finalmente", o primeiro-ministro ter "clarificado" que "sente a necessidade de fazer uma coligação com CDS para tentar enfrentar o PS".

 

"Hoje as coisas ficam muito mais claras: ou nós ou eles, é esta a opção. Isso corresponde àquilo que o país sente que é necessário e que o PS afirmou claramente no seu congresso", afirmou.

 

O líder socialista afirmou que a entrevista de Passos Coelho é um "péssimo sinal de resignação perante os graves problemas de pobreza e desemprego" que o país vive.

 

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