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Parlamento francês rejeita moção de censura contra Governo e aprova nova lei laboral

A Assembleia nacional (parlamento) francês rejeitou esta quinta-feira por larga maioria a moção de censura apresentada pelos partidos da oposição de direita contra o Governo socialista de Manuel Valls.

19 de Fevereiro de 2015 às 20:17
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Em paralelo, os deputados aprovaram a "lei de crescimento e actividade" proposta pelo ministro da Economia, Emmanuel Macron - na origem da moção de rejeição -, que prevê entre diversas medidas a extensão ao domingo dos dias de trabalho e uma alteração ao código do trabalho. Este projecto de liberalização económica provocou fracturas na maioria de esquerda.

 

A moção de censura obteve 234 votos, longe dos 289 votos necessários para derrubar o Governo, anunciou o socialista Claude Bartolone, presidente da Assembleia.

 

Todos os 198 deputados da conservadora União para um movimento popular (UMP), principal partido da oposição, votaram a favor da queda do Governo.

 

No entanto, outros grupos mostraram-se mais divididos, como a centrista União de democratas e independentes (UDI), que apresentou a moção em conjunto com a UMP, como sete dos seus deputados a recusarem um voto favorável.

 

A Frente de Esquerda (FG), que tinha anunciado um apoio à medida, também acabou por se dividir, com apenas seis dos seus 15 deputados a legitimarem a medida.

 

A rejeição da moção já era aguardada, pelo facto de os deputados socialistas que recusaram votar a "lei Macron" demasiado "liberal" na sua perspectiva, tinham anunciado que as suas divergências não implicavam que juntassem os seus votos à oposição de direita.

 

Antes da votação, o primeiro-ministro Manuel Valls (na foto) tinha justificado o compromisso do seu governo com a nova lei laboral, definida como "um ato de autoridade" face à "irresponsabilidade, à imaturidade de alguns", numa alusão aos deputados dissidentes do Partido Socialista (PSF).

 

"A autoridade, é assumir as suas responsabilidades quando o exige o interesse superior da nação", repetiu, enquanto o Executivo associava o texto aos objectivos reformadores apontados pela Comissão Europeia. 

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