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Parlamento britânico vai mesmo ser suspenso. Oposição une-se contra eleições gerais

O rol de batalhas travadas em torno do Brexit continua a ocupar a agenda em Londres. A suspensão do Parlamento defendida por Johnson deverá mesmo avançar, mas os deputados deverão opor-se ao primeiro-ministro na proposta de convocar eleições antecipadas.

EPA
09 de Setembro de 2019 às 13:42
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O encontro entre o líder do Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson, e o homólogo Irlandês, Leo Varadkar, realizado esta segundafeira, serviu também para a divulgação do ponto de situação em relação ao Brexit. Johnson acredita que é possível alcançar um acordo até ao dia 18 de outubro, mas planeia suspender a atividade do Parlamento no final desta segunda-feira. Antes disso, deverá enfrentar a oposição no que toca à convocação de eleições gerais.

Boris Johnson afirma que o Reino Unido tem a "quantidade de tempo ideal" para alcançar um acordo de saída da União Europeia, pois, acredita, os prazos apertados ajudarão ao foco. O objetivo do líder britânico é alcançar um entendimento até 18 de outubro, dia em que o Conselho Europeu planeia reunir-se. Esta intenção é reiterada por Johnson depois de, no início da semana passada, ter garantido que há progressos nas negociações entre o Reino Unido e a União Europeia, e que estão a ser discutidas alternativas ao mecanismo de backstop, um dos maiores pontos de discórdia. 

Quanto a este assunto, o primeiro-ministro britânico acrescentou que não espera uma "reviravolta" e falou em "gerir expectativas". Varadkar defende que a posição de Johnson, de remover este mecanismo, não é "ideal" nem "atrativa".

Aquele que é o "tempo ideal" para Johnson fica mais apertado a partir do momento em que, tal como foi anunciado pelo seu porta-voz, o Parlamento deverá ser suspenso assim que os trabalhos de segunda-feira estiverem completos. Isto, depois de o Tribunal onde entrou o processo que tinha como intuito anular a suspensão do Parlamento britânico ter decidido rejeitar o pedidoO partido trabalhista, da oposição, classifica esta atitude como "altamente irresponsável". Na Câmara dos Lordes, os legisladores prometeram boicotar a cerimónia onde a decisão terá de ser tornada oficial – um boicote que passa, por exemplo, por usar trajes relativos a outras épocas históricas.

A acompanhar a batalha em torno da suspensão dos trabalhos no Parlamento está a ameaça de eleições antecipadas, que serão votadas esta segunda-feira. Os líderes da oposição decidiram unir-se para votar contra, segundo um comunicado emitido pelo Partido Trabalhista. Mais uma vez, os restantes políticos desaprovam uma decisão de Johnson pela crença de que um evento deste tipo possa afetar a capacidade de negociar um acordo com a União Europeia – e evitar assim uma saída sem entendimento.

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