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Boris vai encontrar-se com Juncker para falar do Brexit. Libra a caminho de grande subida semanal

O primeiro-ministro britânico tem viagem marcada para o Luxemburgo, na próxima segunda-feira, para se encontrar com o presidente da Comissão Europeia para novas conversas sobre o Brexit. A libra encaminha-se para o maior ganho semanal desde maio.

13 de Setembro de 2019 às 13:13
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Boris Johnson e Jean-Claude Juncker vão encontrar-se no início da próxima semana para reatarem as conversas sobre a saída da União Europeia. Esta semana, Johnson mostrou-se confiante em fechar um acordo para uma saída ordenada na cimeira da EU marcada para outubro.

À boleia desta confiança num desfecho com acordo, a libra tem aproveitado para se valorizar e esta semana apreciou cerca de 1,5% para 1,247 dólares, a maior subida semanal desde maio deste ano. A moeda britânica tem sido muito penalizada com os constantes adiamentos do Brexit. Desde a sua votação, em julho de 2016, já depreciou quase 5,5%.

A dar força à divisa e alento aos mercados está também a questão da fronteira rígida das "Irlandas", depois de uma notícia do jornal Times ter dado conta que uma fação do Partido Conservador britânico estaria disponível a aceitar um novo acordo para o "backstop".

"Houve algum otimismo em relação a um acordo pelo Brexit nos últimos dias envolvendo a Irlanda", disse Lee Hardman, analista de câmbio da MUFG, à Bloomberg, acrescentando que "os receios de uma recessão no Reino Unido também abrandaram, dando algum alívio à libra".

No entanto, o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, disse que ainda "existiam grandes lacunas" e uma forte oposição ao atual acordo fronteiriço. Londres e Dublin querem um acordo para evitar uma fronteira rígida no mar da Irlanda, idêntica à que existia antes do acordo de paz de 1998 e que tirou a vida a mais de 3.700 pessoas na Irlanda do Norte. Mas ele tarda em aparecer. 

A Irlanda e a União Europeia ainda procuram uma garantia - o chamado "backstop" - para salvaguardar que o Reino Unido continue a cumprir muitos dos procedimentos europeus. 

Por esta altura, e segundo um documento a que a Business Insider teve acesso, a UE está a trabalhar para garantir um terceiro adiamento da data de saída do Reino Unido, mas este passo só será possível caso Londres peça o novo alargamento do prazo. No entanto, Boris Johnson já se mostrou contra esta ideia e quer cumprir a data estipulada de 31 de outubro, com ou sem acordo. 

Mas, à luz da lei aprovada pelo parlamento britânico, o primeiro-ministro tem de pedir um novo adiamento, caso não consiga um acordo até ao dia 15 de outubro. Por esta razão, Boris tentou marcar eleições antecipadas para antes desta data, algo que o parlamento rejeitou. 

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