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Boris Johnson: "Vou fazer tudo o que me for possível para nos tirar da UE a 31 de outubro"

Para Boris Johnson, a única maneira de unir o país é "concluir o trabalho", ou seja, concretizar o Brexit na data prevista, e quanto mais tempo demorar a acontecer "pior será".

Reuters
05 de Setembro de 2019 às 17:53
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Nem as derrotas dos últimos dias demovem o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, da sua intenção de concretizar o Brexit a 31 de outubro, a data prevista no último acordo com a União Europeia. A garantida foi dada pelo chefe de governo, na tarde desta quinta-feira, numa cerimónia com forças de segurança. 

"Vou fazer tudo o que me for possível para nos tirar da União Europeia a 31 de outubro", disse durante o discurso, defendendo que "se o povo pensa que [o Reino Unido] deve permanecer na UE depois dessa data, então, cabe ao povo decidir". Antes da cerimónia, já tinha sido revelado que Boris apresenta, na próxima segunda-feira, uma nova moção na Câmara dos Comuns para convocar eleições antecipadas. A primeira tentativa aconteceu na noite de quarta-feira, mas o Partido Conservador não alcançou a necessária maioria. Com esta decisão, o líder conservador pretende recuperar o controlo sobre o processo do Brexit, que sofreu nova reviravolta esta semana.

"Permanecer na União não é dar bom uso ao dinheiro público", atirou ainda o líder conservador, que sempre assegurou que o seu plano era concretizar a saída do Reino Unido da União Europeia na data prevista, mesmo que fosse sem acordo. Para Boris, a única maneira de unir o país é "concluir o trabalho", ou seja, concretizar o Brexit na data prevista, e quanto mais tempo demorar tal a acontecer "pior será". "
Prefiro morrer numa valeta do que ir a Bruxelas pedir um novo adiamento", salientou.

Na quarta-feira, o parlamento aprovou - inclusivamente com votos de conservadores que foram afastados do partido - um projeto de lei que impõe um adiamento de três meses da data do Brexit. O texto está atualmente na Câmara dos Lordes, onde foi alcançado um entendimento esta madrugada para acelerar as discussões por forma que fiquem concluídas na sexta-feira. Segunda-feira é o último dia para que, em termos administrativos, seja possível convocar eleições legislativas para 15 de outubro.

Esta quinta-feira também, o governo sofreu uma baixa muito próxima do primeiro-ministro. O irmão e secretário de Estado para as Universidades e Ciência anunciou a demissão, invocando incompatibilidade entre "lealdade à família e o interesse nacional". "Foi uma honra representar Orpington por nove anos e servir como ministro sob três primeiros-ministros. Nas últimas semanas, fiquei dividido entre a lealdade à família e o interesse nacional", comunicou hoje através da rede social Twitter. Para Jo Johnson, esta é uma "tensão insolúvel e está na hora de outras pessoas assumirem os meus papéis de deputado e secretário de Estado".





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