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Irmão de Boris Johnson deixa Governo e lugar de deputado
Jo Johnson deixou o cargo de secretário de Estado da Economia, da Energia e da Estratégia Industrial e o lugar de deputado por tensões "irresolúveis" entre a lealdade à família e o interesse do país
Jo Johnson, irmão do primeiro-ministro britânico Boris Johnson, anunciou esta quinta-feira, 5 de setembro, a sua demissão do cargo de secretário de Estado da Economia, da Energia e da Estratégia Industrial e do lugar de deputado por Orpington.
Numa mensagem publicada no Twitter, Johnson, de 47 anos, admitiu que, nas últimas semanas, se sentiu dividido entre a lealdade à família e o interesse nacional, uma tensão que é para si "irresolúvel".
"Tem sido uma honra representar Orpington durante estes nove anos e ocupar o cargo de secretário de Estado sob a liderança de três primeiros-ministros. Nas últimas semanas, tenho estado dividido entre a lealdade à família e o interesse nacional – é uma tensão irresolúvel e é tempo de outros assumirem os meus lugares de deputado e secretário de Estado", referiu o responsável na rede social.
It’s been an honour to represent Orpington for 9 years & to serve as a minister under three PMs. In recent weeks I’ve been torn between family loyalty and the national interest - it’s an unresolvable tension & time for others to take on my roles as MP & Minister. #overandout
— Jo Johnson (@JoJohnsonUK) 5 de setembro de 2019
Johnson ocupou posições no governo entre 2015 e 2018, sob a liderança de David Cameron e Theresa May, até se demitir em novembro do ano passado, acusando o Executivo de May de oferecer aos deputados uma escolha entre a "vassalagem e o caos" com o seu acordo do Brexit. Em julho foi anunciado o seu regresso para o cargo de secretário de Estado da Economia, da Energia e da Estratégia.
O irmão mais novo do atual primeiro-ministro do Reino Unido, que trabalhou na banca de investimento e foi jornalista, tem estado associado à fação do Partido Conservador favorável à permanência do Reino Unido na União Europeia.
A sua demissão é conhecida um dia depois de a Câmara dos Comuns ter aprovado uma moção que impede a saída desordenada do Reino Unido da União Europeia, que levou o chefe do Governo a apresentar uma outra moção para que fossem convocadas eleições antecipadas para 15 de outubro. Essa proposta foi rejeitada, com a maioria dos deputados a não querer eleições antes de 31 de outubro.