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Para Marcelo é indiferente "se o primeiro-ministro se chama Passos Coelho ou António Costa"

O Presidente da República considera que o Governo tem força para chegar ao fim da legislatura e que a oposição tem força para ser alternativa, dizendo esperar que as duas partes não o contradigam na sua expectativa. Mas admite outro Governo se o de Costa falhar, pois, recorda, "nada é eterno".

Bruno Simão/Negócios
Negócios 24 de Janeiro de 2017 às 21:21
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Marcelo Rebelo de Sousa disse esta terça-feira 24 de Janeiro, que "só ganha em ter duas soluções possíveis" de governação enquanto estiver em Belém, pois se "uma falhar" tem outra, refere o Observador.

 

"Nada é eterno. Não há Presidentes eternos. Não há primeiros-ministros eternos. Não há governos eternos", frisou.

 

O chefe de Estado falava no espaço da sua antiga sede de campanha, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, numa cerimónia em que assinalou um ano da sua eleição nas presidenciais de 24 de Janeiro de 2016 e onde aproveitou para fazer um balanço destes últimos 12 meses.

 

Citado pelo Observador, Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que lhe é indiferente "se o primeiro-ministro se chama Passos Coelho ou António Costa". "Enquanto durar o mandato do Presidente da República, quem quer que seja Governo e quem quer que seja oposição, o Presidente vai sempre criar condições para que o Governo seja forte e para que a oposição seja forte".

 

"O Presidente não pode criar simpatias, nem antipatias. O Presidente tem um compromisso constitucional, que é o de colaboração com o Governo em funções. Qualquer que ele seja: hoje é o Governo de António Costa, amanhã é o Governo de Passos Coelho, depois de amanhã é o Governo de António Costa, só para escolher dois nomes de líderes respetivamente do Governo e do principal partido da oposição", afirmou.

 

O Presidente da República disse contudo ser de opinião que o Governo tem força para chegar ao fim da legislatura e que a oposição tem força para ser alternativa, dizendo esperar que as duas partes não o contradigam na sua expectativa.

 

"Penso que estou a ser optimista-realista, e espero que não me contradigam. Espero que os partidos da base de apoio do Governo não me venham agora, qualquer dia, contradizer, criando situações de impasse que hoje não existem, e que a oposição [não] me contradiga criando também situações de impasse no seu seio ou de fraqueza que hoje não existem", declarou, citado pela Lusa.

 

Marcelo diz que é interventivo sem exceder poderes

 

A propósito do seu percurso nos últimos 12 meses, o chefe de Estado considerou que tem sido "muito interventivo" na presença próxima dos cidadãos e no uso da palavra, mas ao mesmo tempo "muito cuidadoso" no exercício dos seus poderes, nunca os excedendo.

 

"Respeitei sempre a esfera de actuação do parlamento e a própria do Governo, ou dos partidos políticos. Mesmo quando digo aquilo que considero desejável, é evidente, é respeitando a liberdade dos partidos políticos", defendeu.

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