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Oposição rejeita culpas na crise política e volta a pedir eleições antecipadas
O Partido Socialista rejeita qualquer culpa na actual crise política que o País atravessa e acusa o PSD de “hipocrisia”. PCP e Bloco de Esquerda voltam a defender a realização de eleições antecipadas.
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José Junqueiro pelo Partido Socialista (PS), João Oliveira pelo Partido Comunista e Pedro Filipe Soares pelo Bloco de Esquerda criticaram duramente a declaração política realizada esta quarta-feira por Couto dos Santos na Assembleia da República.
“Ficámos preocupados [com esta crise política], mas o PSD tudo fez para a evitar e tudo fará para a resolver”, disse o deputado social-democrata. A frase de Couto dos Santos gerou duras críticas por parte dos partidos da oposição, que acusaram o PSD e o CDS de serem os únicos responsáveis pela crise política.
“O seu discurso foi um hino monumental à hipocrisia. Se existe uma crise no País é porque o PSD
e o CDS se desentenderam e deram o triste espectáculo que deram ontem perante o País”, disse o deputado socialista José Junqueiro referindo-se às palavras proferidas antes por Couto dos Santos.
“Do alto da tribuna dizia que devíamos a todo o custo evitar uma crise política. Só lhe pergunto onde esteve hoje, ontem e anteontem. Leu jornais?”, perguntou Pedro Filipe Soares a Couto dos Santos. “Vir dizer que a culpa da crise é da oposição é tentar esconder o sol com a peneira”, acrescentou o deputado bloquista.
Pedro Filipe Soares disse ainda que a intervenção de Couto dos Santos no Parlamento “mostra que não há salvação” para a coligação no Governo. “Quando esteve 10 minutos a falar e não tocou nem uma única vez no nome de Paulo Portas ou do CDS percebemos que a coligação está morta”. “As eleições são o garante da resolução desta crise política”, defendeu o deputado.
O deputado João Oliveira também defendeu a realização de eleições antecipadas. “A demissão deste Governo não é uma desgraça para o País. É uma luz ao fundo do túnel, que deve ser acompanhada por eleições antecipadas”, disse o deputado comunista.