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Montenegro é o rival de Rio com mais notoriedade e mais opiniões negativas

Entre os dois candidatos confirmados à liderança do PSD, Luís Montenegro e Pinto Luz, e o putativo Moreira da Silva, é o antigo líder parlamentar social-democrata quem beneficia de maior notoriedade junto dos portugueses. Todavia, dos três é também Montenegro quem recolhe mais opiniões negativas.

Lusa
04 de Novembro de 2019 às 08:30
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Sem margem para dúvidas, Luís Montenegro é o rival do líder do PSD, Rui Rio, com maior notoriedade para os portugueses. Mas é também, de longe, quem recebe mais opiniões negativas da parte dos eleitores.

De acordo com o estudo de opinião da Intercampus para o Negócios e o Correio da Manhã, 66,6% dos inquiridos dizem conhecer ou já ter ouvido falar de Luís Montenegro, antigo líder parlamentar do PSD.

Num plano inverso, tanto o vice-presidente da câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz, como o ex-ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, são desconhecidos para a generalidade do grande público. Apenas 28,6% conhecem Moreira da Silva e só 21,4% dizem reconhecer Pinto Luz.

O maior reconhecimento de Moreira da Silva relativamente a Pinto Luz, isto apesar de ambos terem integrado o Governo de Passos Coelho, poderá decorrer do facto de o primeiro ter tido maior exposição enquanto ministro do que o segundo, que foi secretário de Estado das Infraestruturas.

Em contrapartida, Montenegro é o único dos três que recebe mais opiniões negativas do que positivas. Se 22,4% dos entrevistados pela Intercampus diz ter uma opinião positiva sobre o ex-dirigente social-democrata, 25,9% assume ter opinião negativa.

Possivelmente como consequência do maior grau de desconhecimento, Pinto Luz e Moreira da Silva não recebem opiniões tão críticas. O autarca de Cascais tem 17,1% dos inquiridos com opinião positiva sobre ele e 10,9% com opinião negativa. No caso de Moreira da Silva os números são, pela mesma ordem, 20,8% e 11,6%.

No início do ano, Montenegro desafiou a liderança de Rui Rio, porém possibilidade de serem convocadas eleições diretas acabou derrotada em Conselho Nacional do partido. Já depois da derrota eleitoral do PSD a 6 de outubro, Montenegro foi o primeiro a assumir uma candidatura à liderança social-democrata, ocasião em que desafiou o atual presidente a ir a votos.

Seguiu-se a confirmação da também aguardada candidatura de Pinto Luz. Já Moreira da Silva, apesar de ser apontado como um dos nomes possível para uma futura liderança do PSD, disse, recentemente, só estar disponível para avançar com uma candidatura se considerar que o partido "está preparado para uma refundação".

Quanto a Rui Rio, após algumas semanas em que manteve no plano da incerteza uma eventual recandidatura nas diretas previstas para janeiro, o líder social-democrata confirmou que é candidato com o objetivo de impedir a "fragmentação" do partido.

Rio é o líder partidário que mais sobe

A última sondagem da Intercampus aferiu também a avaliação feita pelos portugueses aos líderes dos seis partidos com maior representação parlamentar.

Apesar de manter uma avaliação negativa, o presidente do PSD subiu de 2,6% (escala de 1 a 5) em setembro para 2,9 em outubro.

A descida de uma décima de António Costa e a subida em igual dimensão de Catarina Martins colocaram o secretário-geral do PS e a coordenadora do Bloco de Esquerda com a nota mais alta (3,2) entre os líderes partidários.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e o líder do PAN, André Silva, também surgem empatados com uma avaliação de 2,9, e Assunção Cristas, que está de saída da liderança centrista, registar a pior nota (2,4).

Ficha Técnica

Objetivo: Sondagem realizada pela INTERCAMPUS para a CMTV, com o objetivo de conhecer a opinião dos Portugueses sobre diversos temas da política nacional, incluindo a intenção de voto em eleições legislativas.
Universo: População portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal Continental.
Amostra: A amostra é constituída por n=604 entrevistas, com a seguinte distribuição proporcional por Sexo, Idade e Região.
Seleção da amostra: A seleção do lar fez-se através da geração aleatória de números de telefone fixo / móvel. No lar a seleção do respondente foi realizada através do método de quotas de género e idade (3 grupos). Foi elaborada uma matriz de quotas por Região (NUTSII), Género e Idade, com base nos dados do Recenseamento Eleitoral da População Portuguesa (31/12/2016) da Direção Geral da Administração Interna (DGAI).
Recolha da Informação: A informação foi recolhida através de entrevista telefónica, em total privacidade, através do sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing).  O questionário foi elaborado pela INTERCAMPUS e posteriormente aprovado pelo cliente. A INTERCAMPUS conta com uma equipa de profissionais experimentados que conhecem e respeitam as normas de qualidade da empresa.Estiveram envolvidos 19 entrevistadores, devidamente treinados para o efeito, sob a supervisão dos técnicos responsáveis pelo estudo. Os trabalhos de campo decorreram entre 22 e 28 de Outubro de 2019.
Margem de Erro: O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 4%.
Taxa de Resposta: A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 65,1%.

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