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Moreira da Silva confirma que está fora da corrida à liderança do PSD
O antigo ministro do Ambiente confirmou ao Expresso que não vai avançar para as diretas sociais-democratas previstas para o início do próximo ano. Rui Rio, Luís Montenegro e Pinto Luz são os candidatos já confirmados.
Jorge Moreira da Silva não vai mesmo candidatar-se à presidência do PSD nas diretas previstas para janeiro, segundo confirmou o próprio ao jornal Expresso.
Esta confirmação feita pelo antigo ministro do Ambiente de Passos Coelho surge no dia seguinte a um texto publicado no Facebook em que revelava estar a iniciar um novo mandato de três anos como diretor da Direção de Cooperação para o Desenvolvimento da OCDE.
Na mesma publicação, Moreira da Silva garantia que apesar de "continuar a trabalhar em Paris", não prescindiria de dar o respetivo "contributo cívico enquanto militante de base do PSD".
No âmbito desse contributo que quer continuar a prestar, o social-democrata recordava que continuará a presidir ao think tank Plataforma para o Crescimento Sustentável que fundou em 2011 e que tem como objetivo procurar uma "visão pós-troika" e "libertar o potencial do crescimento sustentável de Portugal".
Apesar de, ao longo dos últimos meses, ter alimentado a possibilidade de se candidatar, Moreira da Silva deixou recentemente indicações de indisponibilidade ao sustentar que só avançaria se considerasse que o PSD "está preparado para uma refundação".
Uma sondagem da Intercampus ontem publicada pelo Negócios mostrava que a notoriedade de Moreira da Silva junto dos eleitores portugueses está muito aquém da do candidato já assumido Luís Montenegro.
Outro potencial candidato é Miguel Morgado, contudo o ex-assessor de Passos Coelho admitiu, em entrevista recente ao Observador, que apesar da intenção de se candidatar não conseguiu ainda reunir os meios necessários a uma candidatura efetiva.
Desta forma, tudo indica que as diretas do PSD contem apenas com os candidatos já confirmados: o ainda presidente Rui Rio, o ex-líder parlamentar do partido, Luís Montenegro, e o vice-presidente da câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz.